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A edição desta terça-feira do jornal O Globo traz uma reportagem que fala sobre a criação do grito "Fora todos". Os criadores fazem parte da Coordenação Nacional de Luta dos Estudantes, a Conlute. Segundo o jornal carioca, "a recém-nascida organização já quer se tornar uma entidade para fazer frente à quase septuagenária União Nacional dos Estudantes (UNE)". O primeiro encontro da Conlute foi realizado em maio de 2004, no Rio de Janeiro, e teve a participação de 1.500 pessoas.

Uma das organizadoras do Conlute entrevistada, Júlia Eberhardt, de 25 anos, afirmou que os membros da Coordenação querem "ajudar a construir uma democracia. Essa que está aí não é a nossa democracia. Acreditamos no socialismo e na revolução, mas Cuba, por exemplo, não é uma referência para nós. Estamos indignados com tudo o que está acontecendo. Daí o Fora todos".

O jornal explica que Júlia era da diretoria executiva da UNE até janeiro deste ano. Ela e outros integrantes do PSTU decidiram romper com a UNE e com a Ubes. Como contou ao Globo Roberta . Maiani, 24, do Centro Acadêmico do curso de história da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), "a insatisfação dos estudantes é tanta que, na última plenária que fizemos, apareceram sete teses de por que deveríamos romper com a UNE".

Além do PSTU, a Conlute também tem integrantes ligados à Organização Marxista Proletária e à Liga Estratégia Revolucionária, entre outros.

Na reportagem, o coordenador do curso de história da UFRJ, Carlos Ziller, que é integrante da UNE, admitiu que já discutiu com os alunos por causa da Conlute. "O que eles estão fazendo é partidarizar demais o movimento. Estão brigando com as forças políticas que estão no poder, mas é precipitada uma dissidência porque o governo é passageiro" — diz o professor, contando que acredita só ter ocorrido situação parecida na UNE nos anos 50.

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