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São Paulo - Mais da metade dos brasileiros de 15 a 64 anos que cursaram até a 4.ª série do ensino fundamental são, no máximo, alfabetizados num grau rudimentar. Esse grau corresponde à capacidade de identificar textos curtos como o de anúncios, manusear dinheiro e usar uma fita métrica. Pelo menos 10% deles são completamente analfabetos. A conclusão é do Indicador de Alfabe­tismo Funcional, estudo realizado pelo Instituto Paulo Montenegro (ONG ligada ao Ibope) e Ação Educativa, divulgado ontem.

A pesquisa mostra também que, dentre os que têm escolaridade de 5.ª a 8.ª série, apenas 15% podem ser considerados totalmente alfabetizados, índice que aumenta para o máximo de 68% no nível superior. Ou seja, um terço dos brasileiros que cursam ou cursaram um curso universitário não são totalmente alfabetizados. Segundo a pesquisa, o índice esperado é de 100% já no nível médio.

Apurado desde 2001, o indicador calcula os níveis de analfabetismo funcional da população de zonas urbanas e rurais de todas as regiões do país, considerando o domínio das habilidades de leitura e escrita e Matemática.

Um dos maiores avanços apontados na pesquisa é a redução de 9% para 7% dos analfabetos absolutos entre 2007 e 2009. No grau rudimentar, a queda foi de seis pontos porcentuais no mesmo período. A pesquisa indica também que a ampliação do acesso à educação traz impactos positivos ao indicador: em 2009, um terço dos brasileiros de 15 a 34 anos pode ser considerado totalmente alfabetizado. Na população entre 50 e 64 anos, o índice é de 10%.

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