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Em casa, o estudante Vinícius Kasprzak tem toda a abertura com a família para expor sua opinião | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Em casa, o estudante Vinícius Kasprzak tem toda a abertura com a família para expor sua opinião| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A família pode contribuir com o desenvolvimento do senso crítico das crianças em pequenas ações no cotidiano. O estudante Vinícius Kasprzak, de 11 anos, aluno da Escola Atuação, sempre foi estimulado a refletir criticamente desde seu ingresso na escola, aos 3 anos de idade. Os pais percebem o forte interesse dele em fazer pesquisas e interar-se sobre temas que são expostos em casa, e procuram incentivá-lo. "Em casa é jogo aberto, ele e o irmão, Leonardo, de 14 anos, sabem de tudo o que acontece e podem expor dificuldades que estejam tendo. E quando falamos sobre um assunto que ele não conhece, ele vai em busca de informações para também poder discutir", conta o pai, Wilerson Kasprzak.

Foi assim quando o menino soube da morte de Michael Jackson há poucas semanas. Segundo o pai, Vinícius, que pouco sabia sobre o artista, fez suas pesquisas e em pouco tempo foi capaz de formar sua crítica em torno da vida e carreira do artista. "Sinto um desenvolvimento muito grande nas conversas e nas atitudes com parentes, amigos e vizinhos. Vejo isso como algo fantástico. Esse espírito critico trará a ele maiores oportunidades. Muitos começam a desenvolver isso somente na faculdade. Quando chegar lá estará vários passos à frente", diz o pai.

Vinícius tira proveito das oportunidades de ter conversas abertas em casa, com os pais e o irmão, e na escola, com professores e colegas. "A gente conversa, dá opiniões, fala sobre o que gosta e o que não gosta. Isso é importante porque, às vezes, conseguimos mudar algumas coisas e o resultado é uma convivência melhor", afirma.

O analista de sistemas Edney Augusto Favoretto também estimula os dois filhos que, desde cedo, frequentam escolas com metodologia do senso crítico. No início do mês eles assistiram à peça A Bela e a Fera e tiveram um momento de reflexão com os pais sobre a encenação. "Eles fizeram seus comentários e foram muito além da questão plástica. Não avaliaram se estavam mal vestidos ou somente se eram bonitos ou feios", conta Favoretto.

Segundo o pai, o filho mais velho, Vítor, de 13 anos, gosta muito de ler e sabe se expressar. "É importante terem esse tipo de raciocínio. Eles sabem diferenciar a necessidade de só reportar ou quando é preciso expor seu ponto de vista sobre algum assunto", diz. Para Vítor, é importante poder expressar sua opinião e ter seu espaço na família. "Conversamos bastante dentro de casa e é bom eu poder ter um posicionamento. Dependendo da situação ajuda a resolver várias questões". Seu colega de turma do Colégio Marista Paranaense concorda. "A gente precisa de nossa liberdade de expressão senão seremos todos manipulados", afirma Johann Filipini, 14 anos.

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