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Mundo corporativo

MBAs e especializações podem alavancar carreiras

Empresas incentivam - e até financiam - formação extra de funcionários no ramo de atividade em que atuam

A especialização em Planejamento e Gestão de Negócios foi fundamental para o matemático Wanderson Walger ser promovido. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
A especialização em Planejamento e Gestão de Negócios foi fundamental para o matemático Wanderson Walger ser promovido. (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)

De olho em competências que podem fazer diferença em seu ramo de atividade, várias empresas estimulam seus funcionários a cursar uma pós-graduação, seja financiando parte dos estudos ou premiando os que concluem uma nova formação com promoções e acréscimos salariais. Por isso, para muitos funcionários, ter uma pós-graduação no currículo pode ser o diferencial entre uma carreira relativamente estagnada e o progresso.

MBAs e especializações são as modalidades preferidas pelas empresas, devido à característica de aplicabilidade mais imediata no mundo corporativo. Para Silvio Laban Neto, coordenador dos cursos de MBA do Insper, o aumento da importância dessa formação para as empresas se deve a um entendimento de que hoje não se pode ser unicamente experiente, nem exclusivamente teórico. "Deve haver uma conciliação saudável entre a prática e a gramática", diz.

A experiência do matemático Wanderson Walger é um exemplo das consequências positivas que a pós-graduação pode render no trabalho. Graduado há sete anos, ele trabalhava com dados estatísticos na empresa de telecomunicações GVT, e foi recentemente promovido graças à capacitação obtida numa especialização em Planejamento e Gestão de Negócios, concluída na UFPR, e pelo curso de Marketing e Economia, que está em andamento na FAE Centro Universitário. Ele atribui o salto na carreira à formação extra. "Hoje trabalho como líder de projetos de melhoria contínua, estou escrevendo um artigo acadêmico e obtive um aumento salarial de cerca de 30%", afirma.

A política de incentivo à pós-graduação também é adotada pela construtora Plaenge que financia de 50% a 100% dos cursos de seus colaboradores, em todos os níveis de ensino, incluindo a pós-graduação. "Concedemos bolsas que tenham a ver com a área de atuação do funcionário ou com o papel que virão a desempenhar na empresa. Isso é decidido pelos gestores da área, que analisam os pedidos e também sugerem cursos", diz Natalia Lopes, supervisora de seleção da Plaenge.

Segundo Danylo Hayakawa, gerente de divisão da empresa de recursos humanos Robert Half, o mercado olha com mais atenção quem tem uma pós-graduação no currículo, mas o executivo alerta que os cursos stricto sensu, como mestrados e doutorados, ainda não são vistos como relevantes pelas empresas brasileiras, por isso os cursos lato sensu são os ideais para quem está no ambiente corporativo. (FV)

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