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Milton Ribeiro revela investigação na CGU contra pastor e diz que não deixará o cargo
| Foto: Luis Fortes/MEC

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, concedeu entrevista à CNN e à Jovem Pan News, na noite desta quarta-feira (23), para tratar das acusações de possível facilitação para liberar recursos do Ministério da Educação (MEC) e suposto tráfico de influência dentro da pasta. O ministro negou que tivesse ocorrido qualquer tipo de favorecimento dentro do ministério. Às duas emissoras, Ribeiro também revelou que existe uma investigação em andamento na Controladoria-Geral da União (CGU) por causa de uma denúncia anônima que envolve um dos pastores que supostamente atuariam informalmente no MEC. Além disso, o comandante do MEC voltou afirmar que não vai deixar o cargo.

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Sem mencionar os detalhes do caso, por se tratar de investigação sigilosa, Ribeiro afirmou que ouviu rumores em uma cidade - que não disse qual era - de que algumas pessoas, incluindo um pastor, supostamente teriam pedido algum tipo de vantagem indevida a um prefeito, para que ele pudesse ter acesso ao MEC. A situação foi registrada em 2020. Posteriormente, o ministro afirmou que recebeu uma denúncia anônima sobre o mesmo tema. Ele, então, levou o caso para a CGU. Segundo Ribeiro, um documento com as informações sobre a denúncia foi entregue ao ministro da CGU Wagner de Campos Rosário em agosto de 2021. Diante disso, Rosário instaurou uma investigação sigilosa sobre o caso.

O ministro da Educação revelou que um dos nomes que fazem parte da investigação é o do pastor Arilton Moura, assessor da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil, um dos dois que atuariam informalmente no MEC. Ribeiro não citou outros nomes nem qual era a denúncia especificamente e ressaltou que não tinha informações sobre o resultado da investigação. O ministro disse também que seguiu recebendo o pastor e os prefeitos trazidos por ele no MEC, pois uma mudança de comportamento poderia levar o religioso a suspeitar de alguma coisa.

Nas entrevistas, o ministro da Educação também disse que não tinha conhecimento do caso relatado pelo prefeito de Luís Domingues (MA), Gilberto Braga (PSDB), ao Estadão. Em entrevista gravada para o jornal, Braga disse que o pastor Arilton Moura teria pedido R$ 15 mil antecipados para dar andamento às demandas da prefeitura junto ao MEC e mais um quilo de ouro.

Sobre a permanência no MEC, Ribeiro voltou afirmar que fica no cargo e que não pensou em deixar o comando da pasta. Ele disse que conversou apenas uma vez sobre os áudios com o presidente Jair Bolsonaro e que prestou esclarecimentos a ele.

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