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Poucos estudantes do curso de História do Centro Universitário Campos de Andrade (Uniandrade) participaram do protesto marcado para esta quarta-feira (10). Eram esperados cerca de 300 estudantes a partir das 19 horas para um "apitaço" no prédio principal do câmpus Santa Quitéria, mas menos de 10 alunos compareceram. Eles reclamam da implantação de um sistema de ensino a distância em quatro cursos.

Para o estudante do 2.º período de História, Bolívar Prado, a modalidade tira qualidade dos cursos. "Nenhum aluno concorda com a medida que não está prevista em contrato. Nós tentamos falar com o reitor, que não nos atendeu, e procuramos o vice-reitor, que só nos ‘enrolou’. Agora vamos entrar com uma ação na Justiça e boicotar essas aulas porque queremos colocar um professor nessa disciplina", disse.

O novo sistema foi implantado neste semestre nos cursos de História, Secretariado Executivo, Administração de Empresas e Ciências Contábeis. Prado conta que a vídeo-conferência é uma aula na qual os alunos devem assistir a um vídeo pela internet, mas não têm o auxílio de professor para explicar o conteúdo ou tirar possíveis dúvidas. Além disso, a Uniandrade não teria autorização do MEC para ministrar aulas na modalidade de ensino a distância.

Investimento

A Uniandrade dá outra versão. Por meio da assessoria de imprensa, a instituição informou que está autorizada a oferecer cursos a distância e que os estudantes não procuraram a direção para discutir a questão. Além disso, existe professor para explicar o conteúdo a proposta será apresentada com detalhes a todos os alunos do curso de História.

Eliane Garcia Duarte, coordenadora geral de educação a distância da Uniandrade, explica que os alunos de História não participaram da aula inaugural onde seria apresentado o novo sistema e que eles foram os únicos que não aceitaram a proposta. "É uma metodologia interessante que várias instituições utilizam. O aluno tem uma aula por semana onde acessa um conteúdo específico no portal (site da Uniandrade) e pode participar de fóruns e discussões. Ele também assiste a um vídeo de 15 minutos sobre o assunto. Depois, o professor continua a explicação em sala de aula", esclarece.

Para a coordenadora, o sistema é uma evolução no ensino e exige mais dos estudantes. "O aluno é mais avaliado pela participação. Os que não gostaram são aqueles que não querem aprender e estudar", resume. "Nós estamos investindo pesado para que haja uma qualidade diferenciada no ensino da Uniandrade".

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