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Os professores, funcionários e estudantes da rede estadual de ensino encerraram às 16h as manifestações do Dia de Luto e de Luta ocorridas nesta terça-feira (30). A data lembra o 30 de agosto de 1988, quando uma passeata de professores foi recebida por cães e policiais montados a cavalo, em frente ao Palácio Iguaçu.

A mobilização paralisou as atividades de escolas públicas do estado inteiro e teve atos em outras grandes cidades. Em Curitiba, a concentração começou na Praça Santos Andrade, às 9h, de onde os manifestantes foram para a Praça Nossa Senhora da Salete, em frente à Assembléia Legislativa.

A direção da APP-Sindicato, entidade que representa a categoria, foi recebida pelo governo estadual ao meio-dia. Participaram da reunião o presidente do sindicato, José Lemos, o secretário de Educação, Maurício Requião, e o secretário da Casa Civil, Caíto Quintana.

Foram apresentadas as reivindicações da APP-Sindicato, que pede um reajuste salarial de 48% e melhorias nas condições de trabalho, entre outras medidas. Foi marcada ainda uma nova reunião para o dia 12 de setembro. Para Lemos, o governo está devagar em relação à educação e já poderia ter feito muito mais do que fez neste ano. Caso o diálogo não evolua, a última saída pode ser uma greve. Quintana disse que as propostas vão ser avaliadas e que a negociação continua. Requião, por sua vez, afirmou que a maior parte dos pontos já vem sendo estudada pela Secretaria de Educação.

Após a audiência com o governo, os manifestantes foram para a Assembléia Legislativa pedir o apoio dos deputados estaduais. Foi feito ainda um pronunciamento sobre o projeto de lei que limita o número de alunos nas salas de aula da rede estadual pública de ensino.

Segundo o BPTran, cerca de 3 mil pessoas participaram da passeata, mas para a APP-Sindicato o número foi superior a 5 mil. Também de acordo com a entidade, de 80% a 90% das escolas públicas estaduais do Paraná paralisaram suas atividades nesta terça-feira.

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