Tecnologias e equipe de gestão escolar que atue junto deixa professor livre para se dedicar ao mais importante: preparar aulas.| Foto: Marcelo Andrade

Quando professores estão exaustos devido ao trabalho administrativo e atividades extracurriculares, é possível que não consigam dar atenção suficiente às aulas, sua tarefa mais importante. É indispensável criar condições para que eles possam se dedicar a ensinar.

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O Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia do Japão divulgou os resultados de uma pesquisa sobre o trabalho dos professores no ano fiscal de 2016. O ministério realizou a pesquisa com cerca de 20 mil professores em 800 escolas primárias e secundárias para colher dados sobre suas horas semanais de trabalho, comparando os resultados com os de uma pesquisa anterior feita no ano fiscal de 2006. 

A pesquisa constatou que os professores do ensino primário e secundário trabalham em média pelo menos 11 horas diárias nos dias úteis. A carga horária dos professores das duas categorias aumentou em 30 a 40 minutos em comparação com a pesquisa anterior, mostrando que a carga horária pesada dos professores se agravou. 

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O estudo também descobriu que até 30% dos professores primários e cerca de 60% dos secundários trabalham mais que o limite máximo de 80 horas extras mensais, que o Japão reconhece como sendo um número de horas extras que pode levar à morte por sobrecarga de trabalho. A situação é grave. 

O preparo das aulas demanda tempo. É preciso ter respostas e estratégias cuidadosamente pensadas para alunos com deficiências de desenvolvimento ou que sofrem o efeito de circunstâncias familiares difíceis. 

Sem tempo para a criatividade  

É preciso rever a prática de os professores se encarregarem de trabalhos avulsos como fazer encomendas e recolher dinheiro para materiais didáticos. Com a utilização de pessoal administrativo e a adoção da informática, deve ser possível enxugar mais o trabalho dos professores. 

Tampouco deve se esquecer que a carga horária diária dos diretores de escolas. Eles são responsáveis por lidar com os pais de alunos e cooperar com as comunidades locais; além disso, cuidam de pesquisas para o Ministério da Educação e os conselhos de ensino e compilam relatórios para eles. É crucial dedicar mais consideração aos profissionais que realmente trabalham nas escolas, selecionando apenas pesquisas e outras tarefas que sejam essenciais. 

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Se os professores ficam totalmente ocupados e não têm tempo para interagir adequadamente com os alunos, dificilmente conseguem exercer sua criatividade no ensino. As descobertas mais recentes devem proporcionar uma oportunidade para a reorganização das operações nas escolas e a correção das cargas horárias excessivas de seus profissionais.