| Foto: Arquivo: Edna Bulc

A ideia de deixar professores fora da reforma da Previdência foi discutida novamente no Congresso Nacional nesta quinta-feira (6). A Comissão de Educação da Câmara do Deputados aprovou, por unanimidade, uma moção de apoio à proposta enviada por Danilo Cabral (PSB-PE). A principal justificativa é que os professores têm jornada mais longa, em comparação a outros países, e sofrem de "estresse" que provoca "efeitos extremamente negativos no ambiente escolar".

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"A Proposta de Emenda à Constituição (PEC 06/2019) altera substancialmente às condições de aposentadoria dos(as) professores, desconsiderando as peculiaridades da atividade docente e as condições de trabalho na área educacional", diz o texto enviado pelo deputado Danilo Cabral (PSB-PE) à comissão.

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O documento afirma que a atividade da docência "possui características próprias, altamente geradoras de estresse e de alterações do comportamento dos(as) que trabalham na área". E cita estudos realizados na Europa e na América que "demonstram que os(as) professores(as) estão frequentemente sujeitos a deterioração progressiva da saúde psíquica".

Segundo Cabral, o estresse acomete grande parte dos docentes no Brasil, e isso provoca "efeitos extremamente negativos no ambiente escolar". "Além da precária estrutura das escolas, o excesso de estudantes por sala de aula e a carga excessiva de trabalho, a mais recente causa motivadora do estresse entre os(as) educadores(as) brasileiros(as) provém do altíssimo grau de violência nas escolas".

A omissão e incapacidade do poder público, além disso, influenciam os diversos tipos de violência que os professores sofrem, afirma ele.

"O(a) professor(a) brasileiro(a) desempenha a maior jornada anual de trabalho em sala de aula, totalizando 42 semanas contra 40 e 37 semanas nos demais países, sendo 19 horas semanais em média na sala de aula contra 15 da média pesquisada", conclui, citando dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

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*Leia o documento na íntegra:

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