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Além do MEC, as secretarias de educação dos estados fazem suas próprias avaliações.
Foto: Arquivo | Gazeta do Povo.
Além do MEC, as secretarias de educação dos estados fazem suas próprias avaliações. Foto: Arquivo | Gazeta do Povo.| Foto: GAZETA

No último dia 13 de março, 600 mil alunos das escolas da rede pública do Paraná participaram de uma avaliação. Aplicada no decorrer do horário letivo, com duração de duas horas, em 390 municípios, a prova consistiu em 20 questões objetivas de Língua Portuguesa e outras 20 de Matemática. Foi aplicada para alunos do sexto e do nono anos da rede estadual e do primeiro e terceiro anos do Ensino Médio.

“A nossa avaliação é diagnóstica, com o objetivo de ajudar o professor a acompanhar o aprendizado dos alunos individualmente”, explicou o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder. “Com os dados, o professor pode avaliar o que a turma dele menos aprendeu e corrigir essa defasagem ao longo do ano”, afirmou, na época, o secretário. “É possível também ver o resultado aluno a aluno, questão por questão, dando um tratamento mais individualizado à avaliação”.

De fato, muitos estados realizam suas próprias avaliações, com objetivos diferentes do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), vinculado ao Ministério da Educação. Saiba como essas provas funcionam em seis estados.

Pernambuco

Desde 2008 o estado mantém o Sistema de Avaliação da Educação Básica de Pernambuco (Saepe), que aplica provas para os alunos de escolas municipais e estaduais de três anos do ensino fundamental, o terceiro, o sexto e o nono, e também aos estudantes do terceiro ano do ensino médio. O objetivo é diagnosticar o nível de aprendizado nesses quatro estágios da formação escolar e, assim, traçar estratégias para melhorar a absorção de conteúdo.

Mais recentemente, em março deste ano, o estado realizou um novo exame, agora aplicado a 500 mil alunos em início do ano letivo, no sexto ano do ensino fundamental e no terceiro ano do ensino médio de escolas estaduais. O objetivo é traçar um perfil dos estudantes a tempo de corrigir os pontos em que a formação deles se mostrou insuficiente.

Ceará

O estado desenvolveu o Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará (SPAECE) há 27 anos, em 1992. Fazem as provas os alunos das redes municipal e estadual, da educação básica e do ensino médio. “De posse desses dados, os gestores das secretarias de educação podem tecer reflexões, elaborar e monitorar suas políticas, programas e projetos educacionais”, explica a secretaria estadual de educação em seu site oficial.

“Muitos investimentos em estrutura física das escolas, em infraestrutura, na realização de concursos públicos têm partido dos resultados das provas do SPAECE, bem como dos relatórios dos questionários contextuais que são respondidos pelos alunos, professores e gestores”, afirma um estudo do programa, realizado por pesquisadores da Universidade Estadual do Ceará (UECE).

O Ceará desenvolve uma política educacional de qualidade reconhecida – apesar de denúncias de fraude, tanto para as provas estaduais quanto nacionais, em alguns municípios do estado.

Santa Catarina

A secretaria de educação está realizando uma avaliação própria dos estudantes do ensino médio, com o objetivo de avaliar a qualidade do ensino da rede de escolas estaduais. Para o período entre 2018 e 2020, o estado trabalha em quatro etapas. A primeira é uma avaliação diagnóstica, em março de 2018, voltada aos estudantes do primeiro ano do ensino médio. “Esta é uma avaliação de entrada, ou seja, não está avaliando o Ensino Médio e sim como esses estudantes estão chegando nesta etapa de ensino”, explica a secretaria.

Num segundo momento, em novembro de 2018, os mesmos alunos foram avaliados, a fim de identificar como terminaram o primeiro ano do ensino médio. “As terceira e quarta etapas, também chamadas de Avaliação Somativa, contarão com a participação desse mesmo grupo de estudantes, ao final da segunda série e da terceira série do Ensino Médio, em 2019 e em 2020”, informa a secretaria. Dessa forma, a qualidade da formação será avaliada a partir do monitoramento constante de uma amostragem de 12 mil alunos que entrou no ensino médio no ano passado.

Rio Grande do Sul

Em maio do ano passado, a secretaria estadual de educação apresentou o balanço da primeira avaliação realizada com os 1.733 estudantes que entraram, em março, nas 12 escolas estaduais ligadas ao Programa de Fomento à Implantação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI), do governo federal. O objetivo é realizar diagnósticos trimestrais, com o objetivo de reduzir os índices de reprovação e abandono dessas escolas.

O estado também mantém, desse 1995, um Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul, que é mais amplo e atualmente avalia os conhecimentos de Língua Portuguesa e Matemática do segundo e do sexto anos do ensino fundamental e do primeiro ano do ensino médio.

Distrito Federal

Os estudantes da rede pública de ensino, do segundo, quarto, sexto e oitavo anos do ensino fundamental e do primeiro e segundo anos do ensino médio fazem a Prova Diagnóstica. O objetivo, assim como nos outros estados que fazem suas próprias avaliações, é identificar as deficiências de aprendizado, caso a caso, escola a escola, e assim preparar alterações tanto nas políticas para todo o estado, quando na estratégia de cada uma das instituições de ensino.

Na edição mais recente da avaliação, 235 mil estudantes participaram. Os resultados são compartilhados primeiro com os professores, depois com a direção da escola, e por fim com as coordenações regionais de ensino, que encaminham as informações individuais para os pais dos alunos.

Goiás

Em 2017, 93,7% dos alunos de escolas estaduais participaram da prova que, desde 2011, compõe o Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás (Saego), que observa “o desempenho de estudantes por meio de testes padronizados, cujo objetivo é aferir o que eles sabem e são capazes de fazer, a partir da identificação do desenvolvimento de habilidades e competências consideradas essenciais para que consigam avançar no processo de escolarização".

O estado também aplica uma Avaliação Dirigida Amostral (ADA), que se utiliza de uma parcela selecionada dos alunos para medir a proficiência nas disciplinas de Matemática, Português e Ciências da Natureza. As mesmas crianças participam em diferentes anos, de forma a avaliar a evolução positiva ou negativa do desempenho.

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