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Apesar de a Nova Schin ainda ser o carro-chefe entre as cervejas da Schincariol, o presidente da empresa, Adriano Schincariol, aposta no crescimento forte das cervejas especiais, como as feitas por microcervejarias adquiridas pela companhia.

"Essas cervejas têm um crescimento muito maior que a cerveja tradicional, crescem a taxas de 50%, 60% ao ano", diz ele. "As cervejas diferenciadas, a harmonização de cervejas com comida, isso está crescendo muito rápido."

A Schincariol comprou microcervejarias como a Baden Baden, de Campos do Jordão (SP) e a Devassa, do Rio de Janeiro. "O Brasil é um dos poucos mercados do mundo em que 80%, 90% do consumo é de um tipo só de cerveja. Mas isso está mudando. A Schincariol tem cerveja orgânica, cerveja de trigo, cerveja com tequila e limão", aponta Adriano Schincariol.

O executivo avisa que o final do ano traz aumento do consumo e pode haver oportunidades de emprego, lembrando que, nos últimos cinco anos, a empresa praticamente dobrou seu número de funcionários. "O pico de final de ano sempre exige uma contratação extra. No final do ano, o consumo costuma ser 50% maior do que no meio do ano."

A empresa tem atualmente 9 mil funcionários diretos e 14 fábricas espalhadas por todo o território nacional. A Schincariol tem sede em Itu, no interior de São Paulo, e ainda é administrada pela família. Adriano é sócio da companhia junto com o irmão e os primos.

Crise

Schincariol também afirmou que a empresa não sentiu muito a crise econômica, que afetou de maneira branda os produtos de alto consumo, como bebidas e alimentos. Ele afirmou que, apesar da curta desaceleração após setembro de 2008, a empresa ainda fechou o ano com crescimento de "quase dois dígitos".

"No primeiro momento, todos se assustam. Mas o grupo tem 70 anos e já passou por várias crises na sua história, e o empreendedorismo está na natureza do grupo. Acreditamos que é nos momentos de crise que as coisas evoluem", frisou. "Continuamos investindo e sentimos pouco o impacto da crise."

Produtos

O executivo diz que a empresa tem hoje um portfólio de 170 produtos, incluindo cervejas, águas, refrigerantes e sucos. A partir de 2000, a empresa sentiu que era necessário diversificar a oferta de itens. No caso das cervejas, além da mudança de foco do "carro chefe" – que passou a se chamar Nova Schin –, outros produtos foram criados, as cervejas de trigo e as com sabor.

"A Schincariol tem um dos produtos mais caros do mercado e uma das cervejas mais baratas, a Glacial. Trabalhamos com todas as classes", lembrando que uma garrafa de cerveja pode custar de R$ 1,50 a até R$ 60 para o consumidor, dependendo do item em questão.

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