| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Crianças entre 10 e 11 anos que mantêm um bom relacionamento em classe com o professor tendem a apresentar menos problemas de comportamento, como agressividade e bullying, em até quatro anos depois, já na adolescência. A conclusão é de um estudo que acaba de ser publicado pela Universidade de Cambridge.

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Os pesquisadores descobriram que os estudantes com uma relação mais positiva com seus professores nessa fase do ensino manifestaram depois, em média, um comportamento 18% mais sociável e até menos 38% de comportamento agressivo em comparação com estudantes que tiveram problemas com o docente. Um clima amigável com o professor também resultou em 56% a menos de atitudes desafiantes e irreverentes.

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No total, foram analisados dados de oito conjuntos de estudantes de Zurique (Suíça) que mudaram de professor aos 9 e 10 anos. A última amostra analisou 1.067 alunos de 56 escolas da cidade. O levantamento incluiu entrevistas e a classificação dos alunos por comportamento e outros fatores, chegando a mais de 100 itens. Depois, foram acompanhados em pares os alunos com características parecidas, menos em um ponto: um deles tinha uma boa relação com o professor e o outro não.

Menos ‘intervenção’, mais aproximação

De acordo com os especialistas, a forma como os alunos percebiam a relação com o professor era mais eficiente para melhorar o comportamento do que os programas de intervenção nas escolas, como regras de exclusão da sala de aula ou terapias ‘anti-bullying’ e de aconselhamento. Por isso, da mesma forma como ocorre com os educadores infantis, os professores dessa fase do ensino fundamental também precisam ser preparados para melhorar as suas relações com os alunos, sugerem os pesquisadores.