Imagem do Unicef mostra 168 carteiras escolares vazias. Cada carteira representa 1 milhão de alunos que estão fora da casa por quase um ano| Foto: Chris Farber/UNICEF via Getty Images
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Cerca de 168 milhões de crianças ficaram fora da escola por quase um ano em todo o mundo por causa da pandemia do novo coronavírus. O dado é do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e faz parte do novo relatório do órgão da ONU divulgado na quarta-feira (3) em que pede a abertura das instituições de ensino. O período a que o fundo se refere vai de março de 2020 até fevereiro de 2021.

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Segundo o relatório, 214 milhões de crianças em todo o mundo perderam três quartos de suas aprendizagens nesse período. Muitos desses meninos e meninas correm o risco de não retornar para as escolas. O Unicef destaca também consequências outras do fechamento dos colégios: aumento da vulnerabilidade, risco de aumento do trabalho infantil, crianças e jovens de baixa renda longe de uma alimentação nutritiva, já que para muitos ela é feita nas instituições de ensino, entre outras.

"À medida que nos aproximamos da marca de um ano da pandemia COVID-19, somos novamente lembrados da catastrófica emergência educacional criada pelos bloqueios mundiais. A cada dia que passa, as crianças que não têm acesso à escola presencial ficam cada vez mais para trás, com os mais marginalizados pagando o preço mais alto ”, salientou Henrietta Fore, diretora-executiva do Unicef.

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O Unicef, mais uma vez, pediu aos governos que priorizem a abertura das escolas e a volta às aulas com protocolos seguros. Além disso, quando houver a retomada, o órgão salientou que é preciso dar atenção à aprendizagem perdida dos estudantes e também verificar como estão a saúde e a nutrição desses alunos.

Situação da América Latina no relatório do Unicef

O relatório do Unicef chamou atenção ainda para o fato de que nove países da região da América Latina e Caribe permaneceram com escolas fechadas por quase um ano.

Com relação ao número de dias sem aulas presenciais, o país que lidera o ranking do órgão da ONU é o Panamá, onde as instituições de ensino ficaram fechadas por 211 dias. O Brasil aparece na quinta colocação, com 191 dias de interrupção das atividades educacionais.

Relatório do Unicef mostra os países em que as escolas ficaram fechadas por mais tempo

“Não podemos nos dar ao luxo de passar para o segundo ano de aprendizado limitado ou mesmo nenhum na escola para essas crianças. Nenhum esforço deve ser poupado para manter as escolas abertas ou priorizá-las nos planos de reabertura”, ressaltou a diretora do Unicef.

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