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      Quando foi criada, em 1909, como Escola de Aprendizes Artífices, a Universidade Tecno­­lógica Federal do Paraná (UTFPR) tinha muito pouco a ver com sua versão atual. Além de muito menor, não tinha pretensão de pesquisa científica, nem mesmo de graduar alguém no ensino superior. Mas no germe plantado cem anos atrás já estava uma das preocupações centrais da instituição: a formação de bons cidadãos e de bons trabalhadores.

      No aniversário de 100 anos, comemorado amanhã, a UTFPR lembrará seu passado num dos momentos de maior crescimento de sua história. Até 2012, a universidade deve chegar a 123 cursos (hoje são 74) e abrir 9 mil vagas a mais para alunos do ensino tecnológico-profissionalizante. Além disso, devem ser incorporados ao atual quadro de funcionários mais 900 servidores.

      Para aproveitar a data, amanhã, às 11h30, a UTFPR inaugura o primeiro Restaurante Uni­versitário no câmpus de Curitiba. A instituição tem ainda outros 11 câmpus espalhados por cidades do interior do estado (veja abaixo a programação especial de aniversário).

      "Gastaremos R$ 130 milhões em 60 mil metros quadrados de obras de extensão. A preocupação é manter o bom ensino para formar profissionais qualificados e cidadãos preocupados em desenvolver uma sociedade justa e equilibrada", afirma o reitor da UTFPR, Carlos Eduardo Cantarelli.

      O aniversário de 100 anos traz boas lembranças para o ex-aluno João Alberto Sautchuk: no ano em que a instituição criou o vestibular, em 1974, ele foi o estudante que conseguiu tirar a melhor nota na prova. "Não cheguei a concluir o curso, que eles chamavam de En­­genharia de Operação, modalidade Cons­­trução Civil. Mas me lembro que procurei a graduação porque queria ver como era a profissão na prática. Já fazia o curso de Engenharia em outro lugar, mas estava cansado de tanta teoria", conta.

      Nas aulas da atual UTFPR, Sautchuk aprendeu até a fazer argamassa e a levantar paredes de tijolos. Como ele era da primeira turma de Engenharia, os próprios professores deram conta de aplicar o trote aos novatos. O vestibular da época – uma prova discursiva – contava com cerca de 500 candidatos para a Engenharia.

      O professor Silvino Iagher, que trabalha há 30 anos na instituição, se orgulha em dizer que faz parte da equipe. "Muita coisa mudou desde que o antigo Cefet virou universidade (em 2005). Conseguimos crescer significativamente", diz.

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