Pelo menos uma vez por semana, 20 estudantes de Enfermagem da Universidade Positivo (UP) se unem para descontrair o dia de quem está internado em hospitais ou vive em casas de apoio, abrigos e creches. O jaleco branco usado nas aulas e no trabalho vai junto, mas o uniforme só fica completo depois que os rostos são pintados e o nariz de palhaço e outros apetrechos são colocados. Prontos, eles formam os grupos Alegria e Gargalhada do projeto de extensão Amigos da Enfermagem.
Os jovens são muito bem-recebidos por onde passam e, quando partem, deixam crianças, adultos e idosos ansiosos pelo retorno deles. "A proposta é que os estudantes proporcionem momentos de felicidade aos visitados, fazendo com que se esqueçam da dor e do sofrimento, ao menos por algumas horas", conta Marly Marton, mestre em Enfermagem pela UFPR e professora coordenadora do projeto na UP.
A experiência é enriquecedora, segundo a coordenadora do curso, Kátia Renata Antunes Kochla. "Hoje, não dá para pensar em saúde de forma isolada; sem pensar na cidadania. Trabalhar com o lúdico e trazer novas inserções, modalidades e estratégias de ensino permite desbravar atitudes incríveis no aluno. Ele desenvolve oralidade e a alteridade, aprendendo a se colocar no lugar do outro."
Criado neste ano, o projeto encabeçado pelos alunos de graduação integra o programa UP com a Comunidade e segue os moldes de uma iniciativa do Conselho Federal de Enfermagem, conhecida como Anjos da Enfermagem. Além das visitas, os envolvidos promovem campanhas de arrecadação e de promoção da saúde preventiva. O projeto terá continuidade em 2015 e uma nova seleção de alunos será feita para que outros estudantes também tenham a oportunidade de participar do grupo.
Os interessados passam por um processo seletivo e os escolhidos recebem cursos de capacitação. Como as ações costumam ocorrer mais de uma vez por semana, os jovens são divididos em dois grupos. Cada atividade do Amigos da Enfermagem conta como horas complementares, que serão certificadas aos alunos ao final do período.
