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Estudantes desocuparam a Reitoria em Curitiba após quatro dias de acampamento | Priscila Forone/Gazeta do Povo
Estudantes desocuparam a Reitoria em Curitiba após quatro dias de acampamento| Foto: Priscila Forone/Gazeta do Povo

Fim das negociações

Veja o que ficou acertado após a reunião entre os estudantes e a Reitoria da UFPR:

Reivindicações

- Abertura dos restaurantes universitários (RUs) todos os dias da semana no café da manhã, almoço e jantar.

- Construção de moradias estudantis nos câmpus Palotina, Curitiba e Litoral.

- Horário de funcionamento das bibliotecas das 6h30 às 23h30.

Propostas da UFPR

- Início imediato do cadastramento dos usuários para café da manhã e jantar a fim de medir a demanda e implantação do café da manhã e do jantar em 60 dias. Construção de novos RUs em 2012.

- Compromisso de iniciar as obras das novas moradias em Palotina, em maio de 2012; no Litoral, em 2013; em Curitiba, em 2014.

- O horário das bibliotecas será ampliado nos moldes propostos imediatamente após o fim da greve e os estudos para funcionamento 24 horas serão feitos até dezembro deste ano.

Com parte das reivindicações atendidas, alunos da Univer­sidade Federal do Paraná (UFPR) decidiram terminar a greve e desocupar o prédio da Reitoria, em Curitiba, onde estavam desde a última sexta-feira. A decisão foi tomada no fim da noite de terça-feira, depois que a Reitoria negociou os 16 itens da pauta dos estudantes. "Foi uma das maiores conquistas do movimento estudantil nos últimos 20 anos e deve ser comemorada. Nossas maiores reivindicações foram aceitas e já devem representar resultados aos estudantes", afirmou Clarissa Viana, aluna do curso de Direito e integrante do Diretório Central dos Estudantes da UFPR.Entre as 16 exigências "emergenciais", as mais importantes se referiam à construção de novas moradias estudantis e a abertura de novos horários de funcionamento dos restaurantes universitários (RUs) e das bibliotecas. A Reitoria se comprometeu a atender a essas reivindicações. Outros itens da pauta, porém, não foram atendidas imediatamente, mas tiveram a garantia da reitoria que devem ser encaminhados a órgãos internos da universidade ou ainda estudados em comissões mistas de trabalho.

Professores e servidores

Mesmo encerrando a greve, os estudantes ainda devem permanecer sem aulas. Isso porque as outras categorias paralisadas – professores e técnicos-administrativos – ainda seguem em negociação com a universidade.

Do lado dos professores, uma assembleia marcada para a tarde de hoje pode dar um novo rumo para o movimento. "Só vai depender da Reitoria", afirma o secretário-geral da Associação Professores da UFPR, Rogério Gomes.

Segundo ele, a principal bandeira do movimento (o limite máximo de 12 horas semanais de aula) ainda não recebeu nenhuma proposta efetiva da universidade, o que estaria travando toda a conversa pela retomada das aulas. A expectativa é que haja uma posição sobre o tema ainda na manhã de hoje em uma nova rodade de negociações. "Estamos esperançosos por uma proposta concreta da Reitoria. Caso venha ela será apresentada na assembleia e poderemos, então, pensar no fim da greve", diz Gomes.

Já a situação dos servidores pode demorar um pouco mais para ser resolvida. Eles ainda esperam uma posição do governo federal quanto ao reajuste salarial da categoria. Uma atualização do quadro é aguardada para amanhã.

Com o cenário nacional "estacionado", a UFPR estaria aguar­­dando para passar novos posicionamentos aos servidores, segundo o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Es­­tado do Paraná (Sinditest), Antônio de Souza. "Enquanto o cenário não evolui, ele piora. Isso porque, pensando que a semana já está acabando e teremos um feriado em poucos dias, uma decisão pode acabar ficando somente para depois de tudo isso", alerta. Com ou sem novas propostas, os servidores têm uma nova assembleia marcada para as 10 horas de hoje.

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