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Há 12 anos no ramo de eventos, Denise Gallina considera a organização de congressos, feiras e festas uma arte |
Há 12 anos no ramo de eventos, Denise Gallina considera a organização de congressos, feiras e festas uma arte| Foto:

Quem organiza

Algumas características no currículo e na personalidade são desejáveis para trabalhar na organização de eventos. Confira algumas delas e saiba mais sobre a carreira:

FormaçãoAdministração de Empresas, Secretariado Executivo, Turismo, Hotelaria ou Comunicação Social, principalmente com ênfase em Relações Públicas.

SalárioTrata-se de uma carreira sem regulamentação e não há valor determinado a ser pago. A remuneração depende da empresa ou do porte do evento.

Características desejáveis- Ter disponibilidade para viajar e flexibilidade de horários, inclusive em fins de semana.- Saber lidar com prazos e pessoas.- Ser comprometido com detalhes e saber delegar funções, assim como saber cobrar resultados.- Dominar, pelo menos, dois ou três idiomas.- Buscar uma formação, seja em curso técnico ou pós-graduação na área, além de participar de eventos de vários tamanhos e áreas.- Ser organizado, dinâmico, comunicativo e saber valorizar o relacionamento com o cliente e os fornecedores.

Para comandar os bastidores de um evento, seja corporativo ou não, é preciso estar atento a todos os detalhes e pessoas envolvidas. O trabalho não começa quando portas e cortinas estão prestes a serem abertas. O planejamento, que é o grande responsável pelo sucesso ou fracasso do acontecimento, merece tempo e atenção. É preciso definir quem serão os fornecedores, prestadores de serviço, parceiros e funcionários a serem contratados, além da planilha de custos e o cronograma com todas as ações até o grande dia.

"Às vezes, trabalhamos seis meses no planejamento de um evento de dois dias. O resultado desse trabalho final é maravilhoso. Fica a sensação de missão cumprida", conta Denise Nara Gallina, sócia-diretora da Lynx Eventos e Turismo. Formada em Administração e especializada em Finanças e Gestão de Projetos, ela entrou na área "por acaso", há 12 anos, depois de um freela de três meses. "Trabalhar com eventos é apaixonante, mas também estressante. Tudo tem de dar certo, dentro do prazo e ser impecável", explica.

Manter-se atualizado e ter o domínio de novos idiomas e de informática, especialmente no que se refere à internet e mídias sociais, é tão importante quanto o planejamento, segundo Julio Urban, no mercado desde 1988, quando fundou a Idealiza Eventos. "É um desafio esse acompanhamento de projetos e das constantes variações de mercado, tanto dos negócios como dos valores e orçamentos previstos, pois eles são baseados em variáveis, como o número de participantes dos eventos."

Perfil

Viver com a sensação de que se está em uma corda bamba é comum na área. Para Regiane Ribeiro, professora do curso de Relações Públicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e do programa de mestrado em Comunicação Social, o profissional deve ser capaz de lidar com situações estressantes. "O risco existe, por mais que se tenha uma boa técnica de planejamento. É um tipo de ação que sempre tem imprevistos ou situações inesperadas", afirma.

E é a experiência que faz com que o profissional esteja cada vez mais apto a enfrentar os desafios e a se preparar para as indefinições. "Alguma noção é conseguida na sala de aula, mas é a experiência e a prática que irão delinear o profissional, que precisa ter um amplo networking, espírito empreendedor e dedicação", diz Urban. Participar de eventos técnico-científicos ou convenções e avaliar o que acontece sob o olhar de um organizador é uma grande sacada para o aprendizado.

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