Maria Fernanda Carvalho, 24 anos, viajou bastante com a turma de faculdade. Despesas e atividades bem divididas minimizam a possibilidade de estresse no passeio| Foto: Antonio More / Gazeta do Povo

Preste atenção

Confira algumas dicas importantes para garantir uma boa viagem com os colegas:

>>> Se for dividir o quarto, evite ficar com mais de duas pessoas. A desorganização pode causar atritos.

>>> Não mexa nos objetos dos colegas nem pegue nada sem pedir. Embora óbvio, esse é um grande motivo para confusões.

>>> Para viagens de formatura com tudo pago, a indicação é levar de R$ 40 a R$ 60 por dia. No exterior, de 20 a 30 dólares.

>>> Divida as tarefas domésticas, como lavar a louça, limpar o banheiro e os quartos.

>>> Tenha paciência com a opinião dos outros, principalmente na hora de escolher a balada e os horários de sair. Essas escolhas costumam ser motivo de divergência. A melhor opção é a decisão por votação.

>>> Pesquise bem o preço das diárias de pousadas e hotéis, assim como dos itens de mercado. A diferença de valor pode ser bem grande e significante para quem tem pouco dinheiro.

>>> Viajar com mais gente pode ser vantajoso, pois os descontos costumam ser maiores. Muitos lugares dão desconto para estudantes, seja na hospedagem ou alimentação. Por isso, nunca deixe levar a carteirinha da faculdade ou algum comprovante de matrícula.

>>> Não se esqueça de levar medicamentos básicos, como antiácidos e antitérmicos, e curativos.

Fontes: Gabriel Herrera, consultor comercial da Multieventos Formatura; Mônica Oliveira Silva, proprietária da CI Curitiba; e Geraldo Rocha, diretor de Relacionamento com o Mercado da Associação Brasileira de Agências de Viagem.

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As aulas estão voltando e parece estranho planejar uma viagem agora. Mas, segundo especialistas em organização de eventos, o começo do ano é a época ideal para programar um roteiro com a turma da faculdade – seja ele para o fim do ano, algum feriado ou para comemorar a formatura.

Para os que pretendem, além do baile e da colação, ir a um lugar com os colegas, é preciso estar atento a alguns itens com pelo menos um ano de antecedência, como destino, passagem, hospedagem e valor disponível para o passeio.

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Quando a turma demora a escolher o local ou pensa que o importante é apenas viajar, independentemente do destino, a tendência é de que a viagem nem aconteça. A opinião é do diretor de Relacionamento com o Mercado da Associação Brasileira de Agências de Viagem, Geraldo Rocha. "O primeiro passo é sempre ver quanto pode ser gasto e em qual destino dá para ir com aquele valor. Depois é que vêm as outras questões como acomodações e passeios no local", diz.

Geralmente, os universitários preferem viagens para praias ou resorts. A proprietária da Central de Intercâmbio (CI), Mônica Oliveira Silva, que também organiza roteiros para formandos, diz que Cancun, Porto Seguro e resorts como Costa do Sauípe são os locais preferidos. "Nesses lugares costuma estar tudo incluso, até refeições. Aí eles podem só aproveitar a viagem, sem se preocupar com o resto."

O preço médio de uma viagem de uma semana varia entre R$ 1,8 mil e R$ 6,5 mil. Mas, em vez de planejá-la quando se monta a comissão de formatura, muitos alunos acabam usando o dinheiro que sobra dos gastos com baile e colação para fazê-la.

Viagens curtas

Passar um fim de semana ou feriado na praia com os colegas também é comum entre universitários. Embora requeira bem menos organização do que as viagens de formatura, algumas precauções são necessárias para que o passeio não se torne um problema.

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A recém-formada em Medicina Maria Fernanda Carvalho, 24 anos, fez muitas viagens desse tipo durante os seis anos de curso. Para qualquer viagem, os cuidados são os mesmos.

O primeiro deles é quanto à divisão das compras de mercado. É bem comum que todos as façam para abastecer o local em que vão ficar. Porém, pode dar briga na hora de dividir o valor total. "Eu, por exemplo, não bebo. Então não acho justo dividir tudo igual, principalmente porque bebida é caro e os meninos costumam comprar bastante", comenta.

Outro cuidado é na repartição das tarefas, principalmente na limpeza da casa. A falta de organização e de respeito com o espaço do outro são apontados como o principal problema das viagens em grupo. "Para não gerar conflito, estabelecemos assim que chegamos ao local que meninas ficam com um banheiro e meninos, com outro. Na hora da comida, uma parte cozinha e a outra lava a louça. É importante ter essa organização", aconselha Maria Fernanda.

Experiência garante aprendizado e boas lembranças

Organização e planejamento à parte, viagens com colegas de faculdade são sempre fonte de ótimas lembranças, daquelas que vão perpassar o tempo e serem contadas para filhos e netos. Além das dezenas de fotos que povoam as mídias sociais, as imagens ficam registradas na memória e muitas vezes aparecerão no telão no dia da formatura.

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Além das lembranças, as viagens também são fonte de aprendizado para os jovens. Para a recém-formada em Relações Públicas Lívia Pilon Peixoto, 24 anos, conviver fora da sala de aula com os colegas permite conhecê-los melhor, ver um lado da pessoa que não está ligada ao estudo e ao dia a dia do curso. É também o momento propício para se aproximar de quem não faz parte dos amigos mais próximos. "Depois de uma viagem, a gente faz novos amigos, ganha intimidade. Há uma mudança grande de relacionamento", diz.

Pescaria

Ricardo Ditzel Delle Donne, 24 anos, passou os seis anos do curso de Medicina indo todo fim de ano com dez colegas de turma para pescar em Guarapuava, sua cidade natal. Era sagrado. Assim que acabavam as aulas, os garotos viajavam. Dessa experiência, além das boas lembranças, ele conseguiu fortalecer as amizades. "É uma construção que a convivência de viagens possibilita." Já formados, eles continuarão a pescar. A viagem do fim de 2013 já está marcada. (AS)

>>> E você? Quais são as suas dicas para que uma viagem em turma renda boas recordações?

LEGENDAOs amigos Fernando, André, Octavio, Antonio, Ricardo Skroch, Ricardo Delle Done, João Paulo e Luiz Otavio fazem parte da galera de Medicina que viaja todo ano para pescar em Guarapuava.CRÉDITOArquivo pessoal/Vitor Garbelini

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