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Funcionários terceirizados da Universidade de São Paulo (USP) tomaram a Reitoria na manhã desta terça-feira (11) exigindo o pagamento de salários e benefícios que estão atrasados desde o começo do mês. A paralisação terminou por volta das 14 horas, mas os funcionários prometem um novo protesto para amanhã (12), a partir das 6 horas.

De acordo com o Sindicato dos Funcionários da USP (Sintusp), cerca de 900 funcionários, entre terceirizados e efetivos, além de estudantes e alguns professores, fecharam o prédio da Reitoria impedindo que outros funcionários entrassem como forma de pressionar a empresa Higilimp, responsável pela equipe terceirizada, a acertar os salários e benefícios.

"Eu vou no banco toda hora puxar o extrato e nada", disse Maria Lúcia, 53 anos, auxiliar de limpeza que acompanhou o protesto.

A faxineira Raimunda Pereira Rodrigues, 54 anos, contou que está pedindo dinheiro emprestado para conseguir pagar o aluguel em dia. "É salário atrasado, vale-refeição atrasado. Eu até tenho que pedir empréstimo para acertar o aluguel. Se eu dependesse só dessa empresa eu estava ferrada", contou a funcionária que faz bicos para completar a renda.

O protesto teve apoio de outros funcionários da USP que exigem a reabertura de negociação entre o Fórum das Seis (congrega as entidades representativas de funcionários, professores e estudantes da USP, Unicamp e Unesp) e o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas).

A categoria pede reajuste salarial em 11%, além de política de permanência estudantil (moradia, bolsa estudo, assistência médica e transporte).

Outro lado

Segundo a assessoria da USP, uma comissão está acompanhando as negociações com a empresa Higilimp. A companhia informou a reportagem que um vírus prejudicou o banco de dados da empresa, afetando a folha de pagamento, mas que todos os salários e benefícios foram acertados no decorrer do dia.

A respeito das reivindicações do Fórum das Seis, o Cruesp, que é presidido pelo Reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge, deve se pronunciar ainda hoje.

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