No Hospital de Clínicas, escalas devem garantir efetivo mínimo de 30% para manter serviço de emergência.| Foto: Jonathan Campos / Gazeta do Povo

Professores

Insatisfeitos com as condições de trabalho e com a defasagem salarial, os professores da UFPR devem começar a discutir sobre uma possível paralisação na próxima quarta-feira. No dia 26, o tema entrará em pauta na assembleia dos docentes. Segundo o professor Vilson Aparecido da Mata, secretário-geral da Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR), a discussão será em torno do que eles chamam de "retomada da greve de 2012".

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Quem são os técnicos?

Os técnicos administrativos fazem parte de uma categoria que tem várias profissões, como psicólogos, jornalistas, médicos, engenheiros, administradores, assistentes administrativos, eletricistas, copeiros, vigilantes e motoristas. São profissionais que atuam na gestão de processos de pesquisa, ensino e extensão, em hospitais universitários, no planejamento estratégico e operacional das organizações e em outras funções específicas.

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Ao menos 5 mil servidores técnico-administrativos das universidades federais ameaçam entrar em greve nesta semana no Paraná. Eles seguem orientação da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), que esteve reunida com o governo federal na última quinta-feira, mas não teve avanço significativo nas negociações. A entidade havia aprovado, no início de fevereiro, um indicativo de greve para hoje em todas as instituições de ensino superior federais do país.

A decisão de deflagração de greve será tomada nesta segunda-feira, a partir das 10 horas no pátio da Reitoria da UFPR. A mobilização no estado envolve principalmente servidores do Hospital de Clínicas (HC), da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), mas, de acordo com o Sinditest-PR, entidade que representa a categoria, a definição se estende também a trabalhadores de unidades no interior do estado e no Litoral, do Instituto Federal do Paraná (IFPR) e da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).

Segundo Márcio Palmares, diretor do Sinditest-PR, caso decida-se pela paralisação, metade dos servidores deixará de trabalhar nas universidades do estado a partir das 13 horas de quinta-feira. No HC será mantido o mínimo de 30% do efetivo, previsto por lei, o que significa garantir apenas os atendimentos de emergência.

Em outros estados, servidores devem iniciar a greve hoje, como nas federais de Santa Catarina (UFSC) e Rio de Janeiro (UFRJ) e na Universidade de Brasília (UnB). A categoria tem 142 mil trabalhadores efetivos em 63 universidades federais brasileiras.

Resposta

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O Ministério da Educação (MEC) foi procurado pela reportagem e reafirmou que "todos os esforços estão sendo feitos por parte do governo e os espaços de permanente diálogo encontram-se abertos". Disse ainda que os pontos determinados no acordo firmado em 2012 estão em "fase de cumprimento" e que, entre as ações previstas no acordo, está a criação do Plano de Desenvolvimento Profissional dos Servidores Integrantes do Plano de Cargos e Carreira dos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE), que seria uma das reivindicações da federação dos servidores.

Reivindicações

Fazem parte das reivindicações a antecipação do reajuste de 5%, previsto para 2015, ainda neste ano – o que deve garantir aumento de 10% em 2014 – e a criação de um piso salarial de três salários mínimos e de database para a categoria. A criação de creches para atender os filhos de servidores também é exigida.