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A visita que Tigrão faz em hospitais também deve ser estendida a escolas | João Borges/UP
A visita que Tigrão faz em hospitais também deve ser estendida a escolas| Foto: João Borges/UP

Ele tem seis anos e dezenas de pais. Criado em 2006, o robô Tigrão deixou de ser apenas um experimento de laboratório dos alunos do curso técnico em Mecatrônica da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Além de integrar conceitos técnicos de robótica e de ser a estrela de uma campanha de divulgação da Escola de Ensino Técnico da PUCPR (Tecpuc), Tigrão já levou alegria a crianças hospitalizadas – ação que faz parte de um projeto que deve continuar neste ano.

O apelido não veio só pela aparência semelhante à do personagem da Disney. É a sigla para Tecnologia e Interatividade na Geração de Robôs Animatrônicos Otimizados. Tigrão é fruto da combinação dos conceitos de animatrônica – técnica que emprega a eletrônica e a robótica na confecção de bonecos, como o E.T. e o tubarão – e do universo humanoide – quando os robôs têm características humanas – e foi desenvolvido inteiramente no Brasil, sem softwares ou módulos estrangeiros.

A cada semestre, novos alunos se debruçam sobre Tigrão e outros dois robôs (uma aranha e um escorpião) e trazem mais inovações aos protótipos. "É um projeto complexo e ainda falta muita coisa, por isso temos uma evolução contínua", conta o professor Marcelo Gaioto, idealizador do projeto.

Tigrão é feito em alumínio, tem quase um metro de altura, mexe braços e pernas, manda beijos, acena e faz carinha de triste ou envergonhado. São 37 motores no total – sendo 12 apenas na cabeça –, tudo comandando por Gaioto, que usa um computador, câmera e microfone para "dar vida" ao robô. O próximo passo é desenvolver uma roupa especial conectada ao computador que, vestida pelo operador, permitirá movimentos mais realistas, como um abraço.

Ação Social

Desde a concepção de Tigrão, uma das intenções era a de ter um robô que interagisse com crianças. Com o acompanhamento de um psicólogo, Tigrão foi levado no ano passado aos hospitais Cajuru e Pequeno Príncipe. "Conseguimos levar a tecnologia, que é fria, para um lado mais humano, com atenção à criança e à sociedade. Os pacientes têm uma descontração e se desligam do universo triste e dolorido, passando a entrar no universo do robozinho, o que melhora a reabilitação", conta o professor. Além do auxílio na recuperação de pacientes hospitalizados, a intenção é que neste ano Tigrão também alegre crianças em escolas, incentivando o aprendizado.

Participação

Neste ano o robô Tigrão estreou como estrela da web em uma campanha de marketing sobre os cursos da Tecpuc. Duas semanas atrás foi ao ar o último dos dez vídeos do robô, nos quais ele apresentava cursos e passava informações como o prazo para matrículas. Além disso, o robô participará da recepção aos novos alunos de Técnico em Mecatrônica.

"Há uma encenação. Primeiro ele fica escondido por trás de um tecido e, quando surge e surpreende os alunos, conversa com o coordenador do curso e com a plateia", conta o professor Marcelo Gaioto.

E Tigrão também fez sucesso na última Mostra Nacional de Robótica, em 2011. "Ele era o único [da categoria] e causou um grande movimento. Deixou os visitantes maravilhados", conta Gaioto.

Veja imagens do robô em movimento...

... e, especialmente, da movimentação das pernas do Tigrão.

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