Exemplo
O site norte-americano Mashable divulgou em 2012 uma lista das universidades dos EUA e do Reino Unido que melhor usam as redes sociais. A Universidade de Harvard lidera o ranking. A instituição atualiza constantemente as fan pages no Facebook, Twitter, Google +, FourSquare e iTunes e o conteúdo compartilhado impressiona. Além de fotos em alta resolução, Harvard publica aulas em vídeo, na íntegra, e artigos exclusivos de seus professores.
Atuação na rede pode melhorar
Na opinião dos especialistas Danilo Rothberg e Mariana Faria, é boa a comunicação na internet da maioria das universidades de Curitiba, mas todas podem aperfeiçoar o modo de agir com os universitários na rede.
Para Rothberg, a UFPR e a UTFPR são as que têm melhor desempenho. "Os sites oferecem acesso fácil a uma vasta gama de informações sobre o projeto político-pedagógico dos cursos, em especial sobre o campo de atuação profissional, o perfil de habilidades e as competências dos egressos", diz. Entretanto, Mariana defende que a UFPR poderia melhorar a sua presença nas redes sociais. "O conteúdo é bem informativo, mas não gera muita interatividade com os acadêmicos. No Twitter, o mesmo conteúdo é apenas replicado", avalia.
Linguagem leve
Já a Tecnológica também recebeu elogios de Mariana. "Nas redes, produz um material bem voltado ao público jovem e mantém uma relação de interação. Replica fotos de alunos, faz streaming de eventos e divulga notícias de interesse dos acadêmicos." Ela cita o Blog do Aluno, hospedado no site da UTFPR, como ponto positivo para o site por trazer conteúdos de interesse para o público universitário em formato e linguagem leves. (JDL)
As redes sociais têm conquistado uma posição importante na vida dos jovens, inclusive como fonte de informação. Diante desse cenário, instituições de ensino devem estar presentes no meio virtual e buscar ter um bom relacionamento com os alunos.
No caso de universidades públicas, investir em uma comunicação on-line eficaz não é uma opção. Mestre em Comunicação e doutor em Sociologia, o professor Danilo Rothberg defende que, por serem mantidas com recursos públicos, essas instituições devem assegurar a transparência da gestão acadêmica e dos serviços que prestam.
Segundo o especialista, entre as informações que devem estar presentes nos sites institucionais estão o projeto político-pedagógico dos cursos, a estrutura curricular, os resultados das pesquisas, os programas das disciplinas e dados sobre o campo de atuação profissional. Em todos os casos, o uso das mídias sociais potencializa a divulgação.
Por se beneficiarem financeiramente da isenção fiscal, o dever de prestar contas à sociedade também recai sobre instituições privadas sem fins lucrativos. Assim como ocorre com as demais faculdades particulares, é aceitável que essas entidades adotem paralelamente à transparência estratégias de propaganda e marketing que valorizem diferenciais de mercado.
Interação
Embora a prestação de contas seja socialmente importante, manter-se próximo dos alunos dá mais trabalho. É aí que entra a interatividade. Ignorar baixos índices de interação diante de um público extremamente ativo e presente nas redes sociais como o dos universitários é ruim para as instituições, já que esse é um indício de que o conteúdo produzido não está no caminho certo. "Se o assunto não gerou interatividade, é sinal de que ele não é relevante para o público-alvo", avalia a especialista em Mídias Sociais e coordenadora da Excom Digital, Mariana Faria.
De olho em informações para vestibulandos
Vitor Bontorin, 17 anos, ainda não é universitário, mas checar atualizações nas páginas da UFPR e da UTFPR já virou um hábito. "Acompanho pelo Facebook porque sempre aparece informação útil para vestibulandos e mostra um pouco do que acontece nas universidades em que quero entrar." Fã de games e informática, ele pretende ingressar na área de Ciências da Computação ou Desenvolvimento de Jogos Digitais.