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 | Gilberto Yamamoto / Ilustração
| Foto: Gilberto Yamamoto / Ilustração

Com planejamento e orientação, a pesquisa acadêmica pode ser uma forma de colocar em prática os conhecimentos adquiridos durante a faculdade ou na pós-graduação. Não é um trabalho fácil, mas os ganhos aparecem já durante o processo. O pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da PUCPR, Waldemiro Gremski, e a professora Graciela Inez Nunez, coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da UFPR, explicam que a pesquisa tem diferentes níveis, conforme o estágio de ensino do aluno e seus objetivos. Confira os passos a serem seguidos para ter um resultado satisfatório no final:

1. Escolha do tema

No início da carreira de pesquisador, é recorrente o tema ser indicado pelo professor orientador, conforme a linha de pesquisa dele. Contudo, a definição da temática também pode estar baseada em outros aspectos. Um deles é a atualidade de um assunto e a repercussão que ele pode ter ou está tendo na época do estudo. O interesse da sociedade também pode influenciar a escolha, assim como a indução governamental, que atrai pesquisadores interessados em recursos públicos destinados a áreas de pesquisa específicas. As exigências sobre o trabalho variam de acordo com o nível escolar do aluno. Na iniciação científica, deve-se aprender a fazer pesquisa exploratória, descrições, levantamento de dados bibliográficos, trabalho de laboratório e de campo.

2. Metodologia

A forma como a pesquisa será feita depende do tema escolhido e da definição dos objetivos geral e específicos. Cada tema tem uma metodologia geral, que costuma ser dominada e adotada pela maioria dos pesquisadores que atuam na área. Os objetivos refinam o método. O importante para todas as áreas é saber buscar as informações e organizá-las até que possam ser incluídas em um esboço. À medida que vão surgindo relações entre as citações e constatações do pesquisador, o trabalho vai ganhando forma, com parágrafos e capítulos.

3. Consultas

Independentemente do tema, a bibliografia disponível encontra-se em diferentes formatos. Livros, periódicos, comunicações e congressos são fontes. A internet também pode ajudar, mas é preciso critério para encontrar dados credíveis. Peça indicações de obras a professores e seja crítico para definir o que contribui para a sua linha de raciocínio. As citações precisam estar adequadas ao contexto do estudo. Uma dica: a Capes tem um portal com acesso gratuito a mais de 20 mil periódicos e milhares de livros.

4. Redação e normas

Dependendo do objetivo do pesquisador, a redação do trabalho terá características específicas. Se for um texto sobre o tema para uma revista científica, por exemplo, será preciso respeitar as regras do periódico. Se a intenção for apresentar em anais de um congresso ou transformar a pesquisa em livro, outras especificidades entram em jogo. Verifique as normas da instituição onde estuda e consulte o site da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), no www.abnt.org.br.

5. Introdução e conclusão

Desde o ensino fundamental, alunos são treinados a escrever trabalhos com introdução e conclusão. Isso demonstra a importância que essas partes têm em qualquer estudo. É na introdução que o autor justifica a razão da pesquisa, sua relevância para a sociedade e os resultados que espera obter. É ela que "convence" o leitor que tal trabalho merece ser atenção. Já a conclusão mostra os resultados comprovados e as constatações obtidas, além de apontar novos caminhos a serem estudados.

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