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O paraguaio Francisco Sosa é um dos estudantes da Unila que moram no alojamento da Vila Portes. | Christian Rizzi / Gazeta do Povo
O paraguaio Francisco Sosa é um dos estudantes da Unila que moram no alojamento da Vila Portes.| Foto: Christian Rizzi / Gazeta do Povo

50% dos cerca de mil alunos

matriculados na Unila atualmente são estrangeiros e 743 dependem de moradias estudantis.

Com uma proposta inovadora que começa pelo bilinguismo e a diversidade cultural em sala de aula, a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu, acolhe hoje 80% dos alunos em moradias estudantis, a maior taxa entre todas as instituições de ensino superior do Paraná.

Estrangeiros e brasileiros vindos de outros estados encontraram na universidade um refúgio ideal para o estudo. A instituição oferece auxílio-moradia, alimentação, transporte e apoio psicopedagógico. Os benefícios estão previstos no Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), criado para apoiar estudantes de baixa renda matriculados em cursos de graduação de instituições de ensino superior.

Hoje, 743 estudantes são beneficiados com o auxílio moradia. Desses, 93 vivem em um alojamento da Unila, 198 em alojamentos alugados – alguns antigos hotéis –, e 432 recebem subsídio financeiro mensal de R$ 300 para alugar um imóvel sozinho ou dividir o custo com colegas. Esse valor também é usado pelos estudantes para pagar água e luz.

No total, a universidade disponibiliza cinco alojamentos. Para o próximo ano, com a chegada de mais alunos, serão oferecidas até 800 novas vagas. A escolha dos alojamentos está sendo feita com base em um pregão eletrônico, em que quatro empresas ainda aguardam o resultado final da concorrência.

Os alunos que recebem o auxílio precisam se enquadrar em algumas condições, como ter renda per capita igual ou inferior a 1,5 salário e apresentar situação de vulnerabilidade social. No entanto, se for constatado uma mudança significativa no padrão socioeconômico do estudante ou se ele não apresentar bom rendimento escolar e frequência mínima às aulas, pode perder o benefício.

Família

No alojamento situado na Vila Portes, bairro próximo à fronteira com o Paraguai, os estudantes têm acesso à internet e cozinha para fazer as refeições. Entre os moradores estão os paraguaios Roque Sanabria, Francisco Sosa e Mariana Peralta, o equatoriano Miguel Grefa e o boliviano Reinaldo Flores. Para os estrangeiros, o auxílio-moradia pesou muito na hora de decidir estudar no Brasil. "Seria muito custoso", diz Sanabria.

Longe de casa, os alunos vivem em clima de família. Muitos só voltam ao país de origem nas férias, uma vez ao ano, em razão da distância e do custo da passagem. É o caso de Grefa, estudante de Ciências Biológicas, que neste ano ainda não viu os pais.

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