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Vinícyus Carneiro, coordenador de Relações Internacionais do Cifal: acordo permitirá que estudantes trabalhem voluntariamente em projetos da entidade. | Antonio More/Gazeta do Povo
Vinícyus Carneiro, coordenador de Relações Internacionais do Cifal: acordo permitirá que estudantes trabalhem voluntariamente em projetos da entidade.| Foto: Antonio More/Gazeta do Povo

Curitiba é uma das nove cidades participantes

O Cifal Curitiba faz parte de uma rede composta por outros oito centros, instalados nas cidades de Atlanta (EUA), Durban (África do Sul), Findhorh (Escócia), Jeju (Coreia do Sul), Kuala Lumpur (Malásia), Ouagadougou (Burquina Fasso), Plock (Polônia) e Xangai (China).

A rede surgiu a partir do Programa de Desenvolvimento Local do Instituto para Treinamento e Pesquisa das Nações Unidas (Unitar), que tem o objetivo de promover o desenvolvimento social e econômico de comunidades ao redor do mundo, capacitando moradores locais em áreas como serviços, meio ambiente e diplomacia multilateral.

A unidade de Curitiba é coordenada localmente pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) e é responsável pelas capacitações em toda a América Latina.

Universitários de Relações Internacionais conhecem bem a dificuldade de conseguir uma vaga em entidades de alcance mundial. Como as sedes dessas instituições não ficam no país e suas filiais brasileiras geralmente funcionam em Brasília, no Rio ou em São Paulo, o estudante do Paraná que sonha com uma oportunidade nas agências da Organização das Nações Unidas (ONU) precisaria mudar de estado.

Esse é um obstáculo a ser superado pelo convênio firmado recentemente entre o Centro Universitário Curitiba (UniCuritiba) e o Centro Internacional de Formação de Atores Locais para a América Latina (Cifal), vinculado à ONU.

No dia 15 de abril o UniCuritiba e o Cifal formalizaram o acordo, que permitirá aos estudantes do curso de Relações Internacionais da instituição trabalharem voluntariamente nas ações da entidade. Serão duas vagas por semestre e os aprovados devem atuar em projetos de desenvolvimento econômico local, urbanização sustentável e meio ambiente.

O coordenador do curso de Relações Internacionais do UniCuritiba, Juliano Cortinhas, explica que as ações da instituição funcionam como uma ligação entre cidades que passam por problemas semelhantes. "Há pessoas em Curitiba que trabalham com gestão de bairros, por exemplo. Se alguma cidade na Colômbia puder aproveitar as mesmas soluções, o Cifal faz essa ponte", diz, comentando sobre as atividades nas quais os voluntários estarão envolvidos.

Reconhecimento

Além do atrativo natural que há em se trabalhar com diferentes culturas e países, os alunos aprovados no processo seletivo receberão um certificado emitido diretamente pelas Nações Unidas. Segundo Cortinhas, a participação no projeto será uma conquista importante para quem quer fazer carreira na área. "Um certificado da ONU valoriza muito o profissional e agora é possível recebê-lo sem precisar ir à Gene­bra ou Nova York", enfatiza o professor.

Entre os alunos, a disputa por essas duas vagas promete ser acirrada. A presidente do Centro Aca­­dê­­mico de Relações Interna­­cionais do UniCuritiba, Caroline Biasi, 21 anos, é uma das candidatas e justifica seu interesse. "É a chance perfeita pa­­ra quem quer seguir carreira di­­plomática. A visão de mundo que podemos ganhar é incrível ", diz.

Segundo Caroline, até agora os estágios destinados à área em Curitiba eram todos voltados ao mundo corporativo ou a eventos. O Cifal apresenta-se como uma das poucas chances de conseguir experiência internacional em iniciativas humanitárias.

Números

As ações mais frequentes do Cifal envolvem capacitações, sempre com o objetivo de promover o desenvolvimento local. Segundo o coordenador de Relações Inter­na­­cionais da instituição, Viní­cyus Carneiro, em 2010 foram promovidos treinamentos em 111 cidades de 15 países em toda a América Latina.

Os projetos contam com grandes apoiadores, como Itaipu Bina­cional e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Es­­tima-se que no ano passado um público de 17 mil pessoas foi mo­­bilizado por essas iniciativas.

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