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Estudantes brasileiros que fizeram alguma das três últimas edições do Enem poderão concorrer, até o próximo mês, a cerca de 630 vagas na Universidade de Coimbra, instituição portuguesa fundada no século 13.

Nesta segunda-feira (26), o reitor João Gabriel Silva e Chico Soares, presidente do Inep (órgão responsável pelo Enem), assinaram a parceria, anunciada no mês passado. A expectativa é que outras universidades de Portugal sigam o mesmo modelo - além de Coimbra, a Universidade da Beira Interior também passou a aceitar o exame no processo de seleção.

Hoje, há cerca de 2 mil brasileiros estudando em Coimbra - a instituição tem cerca de 23 mil alunos. Segundo o reitor português, as vagas agora oferecidas aos brasileiros não se somam às atualmente ofertadas. "Temos uma sobre-capacidade instalada. Portugal está a encolher e temos mais vagas do que candidatos. É dessa diferença que nasce essa oportunidade", disse Silva.

Ele explicou que nas próximas semanas uma parceria semelhante deve ser firmada com a China, para o reconhecimento dos resultados do gaokao - uma espécie de Enem chinês.

Medicina

Os brasileiros poderão se inscrever no site da Universidade de Coimbra até 13 de junho. O início do ano letivo será em setembro deste ano. A graduação na instituição tem um custo de 7 mil euros por ano, que deve ser somado a uma previsão de 500 euros de despesa por mês (incluindo aqui gastos com alojamento, transporte e alimentação, por exemplo).

Para concorrer, é preciso ter um desempenho médio de 600 pontos no Enem. Segundo o reitor de Coimbra, neste momento a única restrição é quanto ao acesso às 350 vagas de Medicina ofertadas pela instituição."Todas as faculdades de Medicina [do país] estão plenas com estudantes portugueses", disse Silva sobre a demanda pelo curso.

Uma vez concluída a graduação, o brasileiro deverá passar pelo processo de revalidação do diploma no Brasil.

O presidente do Inep destacou o "conjunto de oportunidades" que o candidato que faz o Enem dispõe. Atualmente, 115 instituições públicas no país usam o exame em seu processo de seleção. A prova ainda é utilizada no acesso ao ensino privado -programas como Prouni (bolsa para alunos de baixa renda )e Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) estão atreladas ao resultado no Enem.

"Hoje, 40% dos alunos das instituições privadas têm financiamento público", disse Chico.

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