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Foi-se o tempo em que estudar para prova de história ou geografia era decorar nomes, datas e capitais. Segundo os professores de cursinho, as provas dos vestibulares não fazem mais questões nesse formato. A tendência agora é explorar o contexto. "Hoje os vestibulares ficaram bem interessantes. Não é mais uma questão de ‘decoreba’, mas de contextualização. Vale fazer um elogio a esta evolução", diz o professor Arno Boeing, do curso Expoente.

No entanto, o professor alerta que para o principal vestibular de inverno do Paraná, o concurso da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a prova de geografia é mais tradicionalista. "Eles ainda cobram geografia física, leis da mecânica celeste, estações do ano e elementos e fatores do clima", comenta Boeing.

Já para os demais, vale a forma contextualizada de prova. Questões como o aquecimento global, efeito estufa, terremotos e vulcões que aconteceram até o mês de maio podem cair. "Agora as provas já devem estar prontas ou quase prontas. Não dá pra perder tempo com o que acontecer daqui para frente", diz o professor. "Não existe muito segredo, só passa o aluno que se dedica ao estudo e está antenado com a contextualização. São os estudante que lêem mais e acompanham o que está acontecendo na realidade", explica.

História

Além de relacionadas com a atualidade, as questões da prova de história devem ser escolhidas pela capacidade de trazer algum elemento que ajude a compreender o presente, explica o professor Jully Mar, do Curso Decisivo. Segundo ele, apesar desta tendência, ainda há provas que cobram a memorização. "Essas são de nível questionável e prestam um desserviço a educação", afirma.

Segundo Mar, o filme "300" pode motivar uma questão sobre a democracia ateniense e a guerra contra os Persas. Na Pontifício Universidade Católica do Paraná (Puc-PR), há uma tendência maior a se cobrar também questões relacionadas a religião.

De acordo com o professor Oliveira Soares, mais conhecido com Oli, do curso Expoente, a importância maior está nas noções mais amplas. "Nos grandes vestibulares não se pede mais nome e data, pede-se contextualização, interdisciplinaridade. São noções abrangentes de determinado período histórico. Ter essa visão é mais importante que as datas", afirma.

A situação do oriente médio pode trazer questões de geopolítica para a prova de história, por isso é importante entender o conflito e seus motivos, afirma Soares. Outros assuntos relevantes são a revolução industrial e as mudanças a partir dela, a formação da camada burguesa e a antiguidade clássica (Grécia e Roma).

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