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Bolsonaro se queixou de algumas decisões recentes do ministro Alexandre de Moraes e afirmou que ele pretende prejudicar sua campanha à reeleição.
Bolsonaro se queixou de algumas decisões recentes do ministro Alexandre de Moraes e afirmou que ele pretende prejudicar sua campanha à reeleição.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a se queixar das decisões do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral. Durante entrevista nesta sexta-feira (26) ao programa “Pânico”, da “Jovem Pan”, o presidente foi questionado sobre a ação ordenada pelo ministro contra empresários, que supostamente teriam defendido um golpe de Estado durante conversas em um grupo de mensagens no WhatsApp.

“Esse ministro, ele escala o seu delegado da Polícia Federal, e ele determina que faça isso ou aquilo. E quando o delegado, por ordem dele, pede pra fazer busca e apreensão, e ele (o ministro) assina embaixo, falam ‘a Polícia Federal’… Não é a Polícia Federal. Não é, e ponto final. É ele que quer fazer isso daí. É uma interferência buscando atingir seus objetivos, que, no meu entender, é o poder”, disse Bolsonaro.

Em seguida, ao ser questionado sobre a regulação das redes sociais, Bolsonaro afirmou que isso já está acontecendo e que Moraes tem sido parcial em suas decisões e que pretende prejudicar sua campanha à presidência. “Essa censura tem sido feita por parte de um ministro, que está no TSE, o Alexandre de Moraes, que o objetivo dele, no meu entender, é prejudicar a minha campanha. Ele é parcial nas suas decisões dentro do Tribunal Superior Eleitoral”, afirmou o presidente.

Bolsonaro criticou ainda sobre a decisão do TSE de proibir celulares nas cabines de votação durante as eleições e insinuou que o veto seria proposital. “O que eu mais recebi em 2018, pequenos vídeos de pessoas pelo Brasil todo que iam votar, iam apertar o 17 e não saía. Já dava encerrado, aparecia lá o 13, o Haddad ali, e encerrava a votação. Eles querem evitar isso dai. Será que não conseguiram sanar isso ou isso existe propositalmente para tentar mexer no número da votação no final?”,  afirmou o presidente.

As alegações de Bolsonaro sobre a troca do voto na urna eletrônica já foram contestadas outras vezes pela Justiça Eleitoral. Em sua página na internet, o TSE afirma que a informação é falsa. “Em vídeos divulgados nas redes sociais, é possível verificar, nitidamente, que houve engano por parte dos eleitores quanto à ordem de votação. Fica claro que os eleitores tentam votar em um candidato ao cargo de presidente, quando a tela da urna solicita a votação para o cargo de governador. Dessa forma, ao ser digitado o pretendido número do candidato à presidência, a urna alertou que o voto seria nulo, visto que não havia candidato a governador correspondente àquele número”, diz o órgão.

O TSE diz ainda que sempre quando são detectados defeitos reais no funcionamento das urnas eletrônicas, elas são substituídas, guardando os votos já computados. Caso a urna de contingência também apresente problemas, a votação é feita de forma manual, em cédulas. Além disso, a Justiça Eleitoral reforça que usar equipamentos eletrônicos diante da urna é crime previsto na Lei nº 9.504/1997, Lei das Eleições. Em seu art. 91-A, a norma estabelece: “Fica vedado portar aparelho de telefonia celular, máquinas fotográficas e filmadoras, dentro da cabina de votação.”

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