O corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves.| Foto: Divulgação/STJ.
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O corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, afirmou nesta sexta-feira (30) que a auditoria divulgada pelo PL sobre as urnas eletrônicas tenta desacreditar as eleições às vésperas do primeiro turno. O relatório do partido do presidente Jair Bolsonaro, divulgado na quarta (28), questiona a segurança do sistema eletrônico de votação.

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Gonçalves acionou o Ministério Público Eleitoral (MPE) para apurar se foram divulgadas informações sabidamente falsas sobre as urnas, informou a Folha de S. Paulo. Em nota oficial, o TSE afirmou que as conclusões do documento "são falsas e mentirosas".

"Capta atenção o fato de que o conteúdo do documento não se detém sobre supostos aspectos técnicos do sistema eletrônico de votação, mas, sim, passeia por temas variados, muito deles a envolver narrativas derrotadas quando da rejeição, pelo Congresso Nacional, da proposta de adoção do voto impresso", escreveu o ministro.

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"Os pontos são tratados sem aprofundamento, tendo por linha mestra o esforço de apresentar um quadro especulativo de descrédito institucional da Justiça Eleitoral, às vésperas do pleito", continuou. O corregedor-geral eleitoral solicitou que a área de tecnologia da informação do TSE apure como foi a participação do PL durante o período de auditoria do sistema de votação liberado pela Corte.

Apesar da auditoria do partido de Bolsonaro ter sido divulgada sem a assinatura de um responsável, Gonçalves apontou que o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, também deve ser responsabilizado pelo documento. "O relatório foi produzido e divulgado por iniciativa do PL, contando com a participação de seus dirigentes máximos, sendo lógico extrair do contexto a ciência e a anuência da agremiação com o conteúdo", disse o ministro.

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