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Solidariedade Lula
Presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, declarou apoio do partido à candidatura do ex-presidente Lula com Geraldo Alckmin| Foto: Solidariedade/Divulgação

O partido Solidariedade oficializou nesta terça-feira (3) o apoio à pré-chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) na disputa presidencial deste ano. Liderado pelo deputado federal Paulinho da Força (SP), a sigla se soma à pré-candidatura com o objetivo de aproximar o líder petista de partidos e lideranças de centro.

Para o evento, Paulinho da Força convidou lideranças do PSD como o senador Omar Aziz (AM) e o vice-presidente da Câmara, o deputado Marcelo Ramos (AM). Lula tenta atrair o apoio do PSD, partido comandado pelo ex-ministro Gilberto Kassab, mas até agora não obteve sucesso.

"Precisamos ampliar as alianças se não teremos dificuldades para ganhar a eleição. Para isso, temos que fechar acordos com dirigentes partidários nos estados", afirmou Paulinho da Força. Além do presidente do Solidariedade, Geraldo Alckmin, indicado como vice na chapa de Lula, tem buscado lideranças de outros partidos para ampliar o apoio à pré-candidatura.

"Hoje é um dia muito feliz para o Solidariedade. A sua candidatura [Lula] pode ser muito maior que o Solidariedade, que o PT, que qualquer partido. Ela é uma aliança do Brasil contra o [presidente Jair] Bolsonaro. O Solidariedade vai construir uma frente ampla com diversas lideranças e partidos que querem se unir a favor de melhorias para o Brasil", completou Paulinho.

Aliados não querem cair em "armadilhas"

Presente no evento, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que o grupo de aliados de Lula não pode perder o foco da disputa caindo em "armadilhas" do bolsonarismo, referindo-se ao caso Daniel Silveira, que, na avaliação de políticos da direita e de centro, repercutiu positivamente na pré-campanha de Jair Bolsonaro. "Não vamos perder o foco, pois é isso que eles querem. Nós vamos para essa eleição discutir emprego, fome e renda", afirmou Randolfe.

Já o senador Omar Aziz defendeu não existir uma terceira alternativa para a disputa presidencial. "Nós temos uma escolha simples agora em outubro, entre a gente avançar nas conquistas e na democracia ou retroceder para o mal do Brasil. Não temos uma terceira opção nessa a eleição. Agora chegou o momento de fazer a união", afirmou ele, que foi presidente da CPI da Covid, no ano passado.

Na mesma linha, o vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos, afirmou que mantém discordâncias com Lula em alguns aspectos, mas que estará ao lado dele nessas eleições. Ramos ainda disse que em 2018 "Lula foi impedido de disputar a eleição por um áudio captado ilegalmente".

Paulinho pede para Lula deixar polêmicas de fora da campanha 

Durante o evento, o presidente do Solidariedade sinalizou que a crise gerada por causa das vaias foi superada. Há duas semanas Paulinho da Força foi vaiado por integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em evento ao lado de Lula, por ter sido um dos apoiadores do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. "Esse episódio foi superado, agora temos que pensar nas eleições", indicou.

O episódio chegou a estremecer a possibilidade de Paulinho da Força apoiar à candidatura de Lula. Durante a crise, o ministro chefe da Casa-Civil, Ciro Nogueira, enviou um áudio ao deputado para convidá-lo a apoiar Bolsonaro. O presidente do Solidariedade, no entanto, declinou do convite.

De acordo com Paulinho da Força, a campanha de Lula precisa deixar as polêmicas de lado e focar em ganhar as eleições. "Acho que nós temos perdido tempo com muito coisas. Com umas vaias ali, com uma reforma trabalhista aqui. Discussão sobre revogar a reforma trabalhista só joga água contra o nosso redemoinho. Ganha as eleições que a gente resolve as coisas dos trabalhadores dentro do Congresso Nacional", afirmou.

Além disso, o presidente do Solidariedade afirmou que as eleições deste ano não estão ganhas e que a disputa está apenas começando. "Vai ser fake news de todos os lados", exclamou.

Em resposta, o ex-presidente Lula afirmou que não vai fazer campanha pelas redes sociais e defendeu que o grupo trabalhe para eleger deputados e senadores comprometidos com as pautas da chapa.

"Eu vou viajar pelo Brasil para conversar com o povo brasileiro. Não vou fazer campanha só pelas redes sociais. E quero apresentar em cada Estado uma lista de candidaturas ao Congresso e Senado comprometidas com a sociedade", disse Lula.

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