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Guilherme Boulos (Psol) é a aposta da esquerda para a prefeitura de São Paulo nas eleições 2024.
Guilherme Boulos (Psol) é a aposta da esquerda para a prefeitura de São Paulo nas eleições 2024.| Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos (Psol-SP), de 41 anos, é deputado federal por São Paulo e vai disputar a eleição ao cargo de prefeito na capital paulista nas eleições de outubro. Eleito com mais de um milhão de votos para a Câmara dos Deputados, ele foi o segundo deputado federal mais votado entre os 513 parlamentares.

Com uma trajetória marcada pela defesa de pautas da esquerda, Boulos tem um perfil combativo. Integrante do MTST desde os 20 anos, acumula polêmicas à frente do movimento social, somando processos judiciais e até prisões. Confrontando policiais e autoridades públicas, ele foi apelidado pelos adversários políticos de “invasor de propriedade”.

Filiado ao Psol desde 2018, o deputado reverbera opiniões nas redes sociais, onde utiliza uma linguagem direcionada ao público jovem e acumula mais de 5 milhões de seguidores. Na Câmara, os principais projetos de Boulos são o aumento de impostos de grandes fortunas e patrimônios e ampliação das políticas de moradia popular.

Filho de pais médicos e professores, Boulos formou-se em filosofia na Universidade de São Paulo (USP), se especializou em psicologia clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e fez mestrado em psiquiatria pela USP. Boulos deu aulas na Faculdade de Mauá e na Escola de Educação Permanente do Hospital das Clínicas da USP. Ele é casado há 15 anos com Natalia Szermeta, com quem tem duas filhas: Sofia e Laura.

Início de Boulos na militância de esquerda foi na adolescência

Cinco anos antes de integrar o MTST, quando tinha 15 anos, Boulos entrou no movimento União da Juventude Comunista (UJC). Ganhou notoriedade na imprensa no ano seguinte, ao liderar a ocupação de um terreno que pertencia à montadora de carros alemã Volkswagen, em São Bernardo do Campo, no reduto eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em 2014, liderou movimentos contra a realização da Copa do Mundo no Brasil. No mesmo ano, tornou-se colunista do jornal Folha de S. Paulo, onde ficou por três anos.

Com 36 anos de idade, Boulos foi o candidato mais jovem da história a disputar uma eleição para o cargo de presidente da República do Brasil. Em 2018, o psolista tentou ser uma alternativa para a esquerda ao Palácio do Planalto, mas a candidatura dele teve apenas 617 mil votos, o que totalizou 0,58% dos votos nas urnas. O desempenho rendeu a Boulos a nona colocação no primeiro turno, entre os 12 candidatos ao cargo.

Dois anos mais tarde, Boulos se candidatou à prefeitura de São Paulo e, no primeiro turno, ficou em segundo lugar, com mais de um milhão de votos (20,2%). No segundo turno, Boulos perdeu para o então candidato à reeleição Bruno Covas (PSDB). Boulos obteve 2,1 milhões de votos.

Então, nas eleições de 2022, Boulos se candidataria novamente à Presidência da República, mas fez um acordo com o PT e abriu mão da disputa para apoiar a candidatura de Lula. Em troca, ele receberia o apoio de Lula para a próxima disputa à prefeitura de São Paulo - agora em 2024.

Ainda em 2022, Boulos conquistou a primeira vitória nas urnas e foi eleito deputado federal pelo estado de São Paulo, atrás apenas de Nikolas Ferreira (PL-MG) em número de votos.

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