O presidente Jair Bolsonaro (PL).
O presidente Jair Bolsonaro (PL).| Foto: Marcos Corrêa/PR.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou nesta quinta-feira (12) a declaração do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, que afirmou que as eleições serão conduzidas por "forças desarmadas". "Eu não sei de onde ele [Fachin] está tirando esses fantasmas, de que as Forças Armadas querem interferir na Justiça Eleitoral… Deixo claro que as Forças Armadas não estão se metendo nas eleições, elas foram convidadas por uma portaria do então presidente do TSE, Barroso", afirmou Bolsonaro durante a live semanal transmitida nas redes sociais.

O chefe do Executivo disse que Fachin pode "revogar a portaria". Em setembro do ano passado, o então presidente da Corte eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, anunciou a criação da Comissão de Transparência das Eleições, composta por especialistas em tecnologia, órgãos de fiscalização, representantes das Forças Armadas e da Polícia Federal, entre outros.

A declaração de Fachin ocorre em um momento de tensão com as Forças Armadas, que endossa o discurso de Bolsonaro e faz questionamentos sobre o sistema eleitoral. O ministro reforçou que está aberto ao diálogo, mas quem dá a palavra final na Justiça Eleitoral é a própria Justiça Eleitoral.

Bolsonaro disse, durante a live, que não quer atacar as urnas. "Não existe interferência, ninguém quer impor nada, ninguém quer atacar as urnas eletrônicas, atacar a democracia, nada disso. Ninguém está incorrendo em atos antidemocráticos… Por favor, não se refira dessa forma as Forças Armadas, até porque eu sou capitão do Exército, me coloco como militar, e é uma forma bastante descortês de tratar uma instituição que presta em várias áreas excelentes serviços ao Brasil", disse o mandatário.