Santos Cruz declarou que em caso de divergências entre os partidos de centro para a escolha de um nome único para disputar as eleições, ele apoiará o candidato que for indicado pela chamada terceira via.
Santos Cruz declarou que em caso de divergências entre os partidos de centro para a escolha de um nome único para disputar as eleições, ele apoiará o candidato que for indicado pela chamada terceira via.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O general Carlos Alberto dos Santos Cruz afirmou que colocou seu nome à disposição do Podemos para concorrer à Presidência da República nas eleições deste ano. Segundo ele, a decisão foi tomada após a saída do ex-ministro Sergio Moro da legenda. As declarações foram feitas no domingo (24) em entrevista ao Estadão. “A convenção deve decidir a candidatura”, afirmou.

O general declarou ainda que em caso de divergências entre os partidos de centro para a escolha de um nome único para disputar as eleições, ele apoiará o candidato que for indicado pela chamada terceira via. “Eu coloco o meu nome à disposição do partido (Podemos). Mas o partido tem de estar aberto para se unir ao centro, para quebrar a polarização entre Lula e Bolsonaro”, declarou Santos Cruz. O general afirmou ser favorável ao mandato único de cinco anos para presidente e o fim da reeleição. Também disse ser contrário ao foro privilegiado, aplicando-o no máximo aos chefes dos três Poderes, e garantiu que essas serão suas prioridades, junto do combate à desigualdade.

“Os riscos de mais quatro anos com o ex-presidente ou com o atual presidente, ambos com seus grupos já conhecidos, são bastante evidentes: campanha de baixo nível, rasteira; investimento no fanatismo e na manipulação da opinião pública por meio de uma avalanche de fake news cada vez mais profissionalizada e ousada; promoção do “salvador da pátria”; falta de combate à corrupção; e fanatismo que pode desaguar em violência, pelo menos localizada. O Brasil precisa ser líder de práticas democráticas, de seriedade e de responsabilidade política e não de liderança de populismo latino-americano e até mesmo mundial", declarou o general em comunicado.