O ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, deve se filiar ao PL e formar uma "chapa pura" como vice do presidente Jair Bolsonaro (PL). O militar tem dito que definiria seu partido em "coordenação com a campanha" e, segundo interlocutores da coordenação eleitoral, o partido escolhido foi o mesmo do presidente.
O PP, do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, chegou a enviar uma ficha de filiação a Braga Netto. Outro partido da base que o convidou foi o Republicanos, que, nesta segunda-feira (28), filiou os ministros da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. A ideia era que o ministro da Defesa concorresse por um desses partidos para evitar uma "chapa pura".
Porém, após debates do núcleo eleitoral de Bolsonaro no Palácio do Planalto, os coordenadores de campanha apontaram a sigla do presidente como o partido para filiar Braga Netto. "Tudo está encaminhado para o PL", afirma um interlocutor do governo à Gazeta do Povo. "Seguirá o que for melhor para a campanha", complementa.
O ministro tem acatado a coordenação de campanha. Por recomendação dela, por exemplo, ele não foi ao evento de lançamento simbólico da pré-candidatura de Bolsonaro a fim de não caracterizar a candidatura da chapa, situação que poderia virar alvo de questionamentos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Está tudo coordenado com o presidente e a campanha", insistem no Planalto.