O presidente do PSDB, Bruno Araújo.
O presidente do PSDB, Bruno Araújo.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do PSDB, Bruno Araújo, afirmou nesta sexta-feira (1º) que a candidatura presidencial de João Doria (PSDB) depende de alianças para se viabilizar. Nesta quinta-feira (31), Doria ameaçou desistir da corrida pelo Planalto, movimento que poderia atingir seu então vice e agora governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.

Para conter a crise, Araújo emitiu uma carta reafirmando que o tucano foi escolhido nas prévias e, por isso, é o único presidenciável da legenda. Doria então recuou da possível desistência. "A carta era um instrumento para dar estabilidade, o que aconteceu. Em política, tem algo que vale mais do que papel e carta, que são os fatos e acontecimentos", afirmou o presidente do PSDB. Doria enfrenta resistência dentro do partido, enquanto isso o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) deixou seu nome a disposição para ser candidato a presidente.

Para Araújo, a movimentação de Leite é parte do jogo político, informou a Folha de S. Paulo. "O partido está unido no propósito de construir uma candidatura. Claro que há uma discordância em relação à candidatura de João Doria, porque é evidente o grau de oposição interna. Mas temos um jogo a ser jogado, primeiro com as prévias, e agora na busca dessa unidade dentre o conjunto de todos os candidatos", disse o presidente do PSDB.

Os tucanos têm um acordo prévio com Cidadania, União Brasil e MDB para definir um candidato único, que pode ser Doria, Simone Tebet (MDB), Luciano Bivar (União) ou Leite. "A candidatura do PSDB está contida num acordo maior", disse Araújo.

"João Doria é pré-candidato, mas volto a dizer: ninguém vai poder coibir qualquer movimento de qualquer liderança política de qualquer partido… Leite disse que vai continuar, sem mandato, se habilitando para qualquer chamamento, isso é do jogo", afirmou o presidente do PSDB sobre as articulações de Leite.

"Leite teve comportamento extremamente maduro, ético e correto. Poderia ter usado essa crise do tucanato em São Paulo para gerar outra. Ele fez referência ao reconhecimento [das prévias]. O que está na carta nada mais é do que exatamente a verdade, não foi dado uma vírgula a mais do que os fatos. Esse é um dos motivos do respeito que Leite tem por parte de todos no partido", ressaltou.