Rolândia - Em Rolândia, Norte do estado, a torcida é dividida entre Brasil e Alemanha. Mesmo admitindo a preferência pela equipe de Carlos Alberto Parreira, o time comandado por Jürgen Klismann é a segunda opção da população como não poderia deixar de ser. Cerca de 600 famílias da população de 45 mil habitantes da cidade têm a origem no país sede do Mundial. Grande parte chegou anos 40, fugindo da Segunda Guerra Mundial.
O ponto de encontro já está definido: o Clube Concórdia, um dos mais tradicionais de Rolândia, criado há 52 anos pela colônia. Lá, a torcida teuto-brasileira se reunirá para incentivar a equipe do meia Michel Ballack, a principal estrela da Alemanha. Sempre regado a muito chope.
Pedro Bernardy, 65 anos, filho de alemães e coordenador do Centro de Intercâmbio Cultural Brasil-Alemanha, diz que a sala de cinema da instituição também já está sendo preparada para que a colônia assistir num telão aos jogos da Alemanha e do Brasil. "Acho que a maioria vai torcer pelo Brasil, mesmo que a final seja com a Alemanha", opina.
Nas visitas que fez a parentes na cidade de Koblentz, Bernardy, que lê e fala fluentemente alemão, pôde sentir a idolatria dos germânicos pelo futebol brasileiro. "Para eles é o futebol mais bonito do mundo", diz.
O empresário Klaus Nixdorf, 67 anos, presidente da Associação Teuto-Brasileira do Norte do Paraná e também filho de alemães, acredita que 90% dos imigrantes e descendentes torcerão pelo Brasil. "Tenho muito respeito e simpatia pela Alemanha, mas sou nascido aqui e continuarei a torcer pelo Brasil, mesmo que a final seja contra a nação de meus pais", afirma.
Até mesmo o cônsul honorário da Alemanha para o Norte do Paraná, Adrian Von Truenfels, 49 anos, admite que vai torcer pelo Brasil.
"Sou nascido aqui e, obviamente, meu coração bate mais forte pelo Brasil", afirma ele. Truenfels revela que no início de julho estará em Berlim para uma rodada de negócios entre brasileiros e alemães. "Vamos fazer uma grande festa se as duas seleções estiverem na final", torce.
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