• Carregando...
Ney Victor preside o Cascavel no Paranaense de futebol de campo e depois volta para o banco de reservas no futsal | César Machado/Vale Press
Ney Victor preside o Cascavel no Paranaense de futebol de campo e depois volta para o banco de reservas no futsal| Foto: César Machado/Vale Press

Herança de dívidas, venda do patrimônio e falta de retorno financeiro levam para fora do gramado os mai­ores desafios de Cas­­cavel e Toledo no Parana­ense-2010. Enquanto a Serpente recorre a um ídolo do futsal local para melhorar sua situação, o Porco espera um comprador para sua estrutura.

Com uma dívida de R$ 500 mil só em ações trabalhistas, o Cascavel foi buscar no futsal a solução para sua crise. Ney Victor, técnico há 12 anos do forte time da cidade, tricampeão estadual, assumiu a presidência da equipe de futebol em agosto.

"Os empresários que patrocinam o futsal me convidaram para tentar resolver a situação problemática do campo. Com isso eles au­­mentariam o patrocínio para o ti­­me em quadra", conta Ney, referindo-se à Diplomata, empresa do ra­­mo agrícola, e à rede de supermercados Muffato.

"Fizemos vários acordos para colocar a casa em ordem e temos o objetivo de saldar as dívidas da equipe em 2010 para, em 2011, entrarmos mais fortes em campo", diz Ney, que, após o Estadual no campo, volta a comandar o time de quadra.

Para esse ano, formar jogadores e permanecer na Primeira Divisão estará de bom tamanho. Esse planejamento do futuro da equipe em campo está diretamente relacionado com o time que joga em quadra. "A intenção é fundir o futsal e o futebol da cidade daqui uns dois anos", revela.

Para disputar o campeonato de 2010, o Cascavel conta com um orçamento de R$ 450 mil. Em 2009 os problemas com recursos para a competição foram maiores, resultado da penhora de R$ 75 mil da cota de tevê.

"A maior parte do dinheiro para esse ano vem dos empresários e dos patrocinadores da cidade. Estamos com o propósito de deixar o passado para trás e colocar o Cascavel em um novo rumo", finaliza o presidente.A 50 quilômetros dali, em Tole­do, a situação é pouco melhor. Se­­mifinalista do Estadual de 2008, o Porco foi apontado como modelo de gestão no interior. Mantido por duas empresas da região (a cervejaria Colônia e a consultoria de recursos humanos Work), dono de um centro de treinamento com quatro campos oficiais e alojamento de 900 m², o clube esteve próximo da abrir mão da vaga na edição deste ano. Entrará em campo porque não apareceu um comprador, mas a ideia segue em pauta.

"No futebol brasileiro a maioria dos clubes não lucra nada e tem muitas contas a pagar", explicou o presidente Irno Picinini. "Hoje o Toledo não tem dívidas, está bem administrativamente. Mesmo assim, se houvesse um comprador interessado no clube nós teríamos dado a nossa vaga no campeonato, porque não tem como tocar um negócio só com o coração, é preciso resultados", prossegue.

Picinini relembra a parceria feita com o São Paulo no Paranaense de 2009, quando a equipe paulista colocou comissão técnica e 18 jogadores para trabalhar no interior do estado. O resultado não foi o esperado: o Toledo terminou a primeira fase em nono lugar, nas palavras de Picinini, "um alívio" por não ter participado do supermando.

"Ficar em oitavo seria uma despesa a mais por causa de todos os jogos fora de casa. Para participar da próxima fase teríamos de entrar com o time de juniores", lembra o presidente, que cogita essa possibilidade para 2010, mas quer brigar para ficar em quarto ou quinto lu­­­gar.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]