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Às vésperas dos Jogos Pan-Americanos, Diego Hypólito faz tudo quase sempre igual. Logo cedo já está no tablado sujando a mão com o breu e em seguida, antes dos treinos da tarde, fisioterapia. Muita fisioterapia para aliviar as dores no tornozelo direito, fraturado em abril de 2005, durante a etapa brasileira da Copa do Mundo de Ginástica, em São Paulo – a contusão obrigou o ginasta a implantar dois pinos no local.

Campeão mundial de solo na Austrália em 2005, Diego diminuiu a intensidade dos exercícios no salto e no solo, suas especialidades, por causa da série de microlesões na região, responsável pela pouca flexibilidade no pé direito. "Dor todo atleta sempre vai ter, não tem jeito. Mas é uma dor suportável, que estou tratando. Não é nada que me prejudique tanto assim. Só que por causa disso, os treinamentos já não são como de anos atrás", afirma o ginasta de 20 anos.

Representando o Flamengo, ele tentará sua primeira medalha de ouro no individual geral no Campeonato Brasileiro de ginástica artística e rítmica adulto que começa hoje, às 9 horas, no Ginásio do Tarumã. Último campeonato oficial antes do Pan, o torneio irá até domingo e valerá como seletiva para os Jogos.

O trauma, contudo, não deve diminuir o favoritismo de Hypólito na mais importante competição esportiva das Américas, em julho, no Rio de Janeiro – espécie de treinamento de luxo para o principal objetivo do ginasta na temporada: o Mundial Pré-Olímpico da Alemanha, de 1.º a 9 de setembro, em Stuttgart.

"O Mundial é mais importante por dar uma vaga para a Olimpíada da China. Mas o Pan, pelo lado pessoal, por ser no Brasil, com toda a torcida ajudando, também tem a sua relevância, não pode ser colocado de lado", diz ele, que deixará para os germânicos acompanharem in loco a apresentação da série completa no solo. Na capital fluminense, os brasileiros assistirão a uma versão compacta da seqüência, o que não exigirá tanto do tornozelo do atleta.

Quem também desembarcará quase 100% no tablado do Complexo do Autódromo, em Jacarepaguá, é Daiane dos Santos. Após três cirurgias nos joelhos (uma no esquerdo e duas no direito), a Pérola Negra disputou apenas a etapa da Bélgica da Copa do Mundo, há 12 dias, onde conquistou a medalha de bronze no solo, atrás de sua rival direta pelo ouro no Rio, a mexicana Elsa Garcia, vice-campeã.

"Volta e meia a dor aparece", conta ela. A ginasta ficará fora do Brasileiro por causa de distensões nas duas panturrilhas. "Já está melhor, só que o médico pediu para eu me poupar por mais dez dias. Desde que eu voltei da Bélgica não treinei impacto no chão duro", revela.

Outra forte candidata a subir no pódio do Rio, Daniele Hypólito também saiu recentemente da enfermaria. No fim do ano passado, a atleta foi submetida à cirurgia no ombro direito devido a uma lesão crônica no osso. "Estou pronta, recuperada e motivada para competir na minha cidade", diz a atleta, "paulista de nascimento e carioca de coração".

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