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A "nova F1" mostrou que ainda terá muito daquela de 2010. Os pneus Pirelli promoveram mais movimentação na prova, mas estiveram longe de criar situações caóticas para os pilotos. Houve até quem fez apenas um pit – como o bom estreante Ser­­gio Perez. Na briga pela vitória, também pouca novidade: a Red Bull está à frente de suas rivais no momento – que o diga a corrida suprema de Vettel. A McLaren mostrou que não será aquele fiasco previsto na pré-temporada: o time fez boa prova com Hamilton.

Do "trio de ferro", a pior situação até aqui é da Ferrari. É verdade que Alonso teve a corrida prejudicada após uma largada complicada, mas ele e Massa fizeram três pit stops, indicando que o carro italiano tem maior desgaste de pneus em relação aos seus rivais.

Expectativa também para ver como será o próximo GP do brasileiro. A boa largada e o começo aguerrido na luta com Button deu esperança para o torcedor que quer revê-lo na luta por vitória. Mas em poucas voltas sua corrida perdeu o brilho. O mesmo pode ser dito de Barrichello: depois do tumulto na largada, vinha se recuperando bem até o erro de avaliação no toque com Rosberg.

Os dois brasileiros chegarão à Malásia precisando reagir, assim como Webber, Button e Heidfeld. Aliás, o histórico pódio de Petrov mostra como se dá a volta por cima: desacreditado por muitos, o russo fez uma prova impecável.

Também precisa mostrar mais eficiência a famosa asa móvel: na tevê, ver seu funcionamento é um show à parte. Mas, na prática, o efeito ficou aquém do esperado. A curta reta australiana pode ter prejudicado o potencial da novidade: a prova definitiva será na longa reta de Sepang, na Malásia.

O próximo GP também responderá se esta supremacia da Red Bull dará mesmo o tom da temporada. Não há dúvidas de que o gênio Adrian Newey mais uma vez acertou a mão. Há quem cite um suposto "mini kers", mas eu iria além: estaríamos assistindo ao início de uma era Vettel?

Muitos criticaram o alemão no ano passado, acusando-o de cometer erros bobos. De fato, o ímpeto excessivo atrapalhava a então promessa. Mas Vettel mostrou rápido amadurecimento.

O estilo agressivo lembra o de Senna na época da Lotus. Agora, já campeão do mundo, Vettel parece ter encontrado a receita perfeita combinando amadurecimento e velocidade. Uma fórmula que o brasileiro encontrou em 88 com seu primeiro título. Se for assim, vamos voltar a nos acostumar no pódio com aquele hino que Schumacher nos ensinou a ouvir com frequência.

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