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Rodrigo Batata aquece antes de treinamento no ginásio do Paraná, na Kennedy: volta para o campo depende de proposta confiável | Valterci Santos/Gazeta do Povo
Rodrigo Batata aquece antes de treinamento no ginásio do Paraná, na Kennedy: volta para o campo depende de proposta confiável| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo
  • O lendário time do Pinheiros: Giovani, Tcheco e Marcelo Lepatin (em pé); Michel, Pedrinho, Ricardinho e Rodrigo Batata (agachados)

O que o meia Rodrigo Batata define como uma "boa maneira de manter a forma" pode ser considerada uma escolha, no mínimo, inusitada: aos 31 anos, trocou o futebol de campo pelo futsal. "É temporário. Quero voltar o quanto antes aos gramados", diz o jogador, que trocou o meio de campo pela ala-direita na quadra, defendendo o Paraná Clube na Série Ouro do Paranaense de Futsal. A estreia deve ser na sexta-feira, contra o Campo Mourão, em Curitiba.

É comum que jogadores saiam do futsal para arriscar a sorte nos gramados. Essa foi, inclusive, a trajetória de Rodrigo Batata no início da carrreira. Revelado pelo Pinheiros no fim dos anos 80, estreou no campo do outro lado do mundo, aos 17 anos, pelo Yokohama Fugels, do Japão. Também passou pelo Paris Saint German (França), pelo futebol mexicano e português. No Brasil, vestiu as camisas do Paulista de Jundiaí, Rio Branco de Americana, Coritiba, Malutrom e, este ano, Marília.

Voltar às origens não foi decisão fácil. "Pensei muito antes de decidir. Tinha receio de me ‘queimar’ e não conseguir voltar para o futebol de campo". A condição para voltar às quadras é um contrato que o permite deixar o Tricolor quando receber uma proposta que o agrade.

O próprio Paraná já esteve nos planos do jogador. "Fui indicado por empresários para jogar na Vila Capanema. Na época, o (Paulo) Comelli não teve interesse", conta Batata. "Quero poder jogar o Brasileiro deste ano. Ajudar o Paraná a voltar à Série A é uma opção", sugere.

Já o vice-presidente do clube, Márcio Vilella, diz que o nome do jogador não foi indicado ao técnico Wágner Velloso. "Já temos o Danielzinho e o Wando com características semelhantes. Mas se a comissão técnica do Velloso tiver interesse, podemos rever", fala o dirigente.

Batata conta que tem recebido propostas de clubes do interior paranaense e paulista, mas nenhuma que o faça deixar Curitiba no momento. "Posso ir para um time pequeno. Mas tem de ser um negócio correto. Quero a garantia de receber em dia".

Seu receio, explica, é o de repetir o que já aconteceu no Coritiba, no Rio Branco e no Marília. "Já recebi cheque sem fundo. Muitas vezes, nem isso recebi."

A preocupação com o futuro faz com que o jogador pouco fale do seu passado nas quadras, repleto de boas histórias. Ele fez parte do time infantil do Pinheiros, considerado "a geração de ouro" do clube. Jogou ao lado do meia Ricardinho (hoje no futebol árabe), Marcelo Lipatin (no Trofense, de Portugal) e Tcheco (meia do Grêmio).

"Quando entrávamos em campeonatos, os outros times já sabiam que iriam disputar o segundo lugar. Nosso principal rival era a AABB, onde jogava o Alex (ex-Coritiba, hoje no Fenerbahçe, da Turquia). De uns cem jogos que fizemos, o Paraná só perdeu uns cinco", relembra.

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