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Alarmados com a crise financeira que começa a contaminar vários setores, a FIA e equipes de Fórmula 1 se reuniram ontem para tentar negociar um corte de custos e garantir a sobrevivência da modalidade. O presidente da FIA, Max Mosley, se encontrou em Nice, na França, com Luca di Montezemolo, que preside o grupo de dez escuderias que atuam na F-1.

Para Mosley, se não houver um corte drástico de custos, a modalidade poderá correr sérios riscos já em 2010. "A F-1 é insustentável no modelo econômico que adota", disse Mosley. "A situação é muito séria", alertou.

Um novo encontro está sendo programado para a véspera do Grande Prêmio da China, no próximo dia 19. A redução de custos poderia vir com modificações tecnológicas. Segundo Mosley, os gastos sem limites na modalidade já eram um problema mesmo antes da crise financeira que atinge Ásia, Europa e Américas. Agora, com a paralisia dos bancos, o temor é de que os créditos e empréstimos sequem e que empresas somem dívidas, se tornando inviáveis.

"Acabaram os dias que poderíamos gastar 100, 200, 300 milhões de euros por ano, que é o que faziam as grandes companhias", alertou Mosley. Para ele, medidas "draconianas" poderão ter que ser tomadas.

Para 2008, as escuderias devem gastar um total de US$ 1,6 bilhões (R$ 3,64 bilhões no câmbio de ontem). O valor é mais de US$ 100 milhões (R$ 228 milhões) a mais que em 2007. "As pessoas na Fórmula 1 ainda acreditam que qualquer coisa que aconteça no mundo econômico não terá repercussão e que o esporte pode apenas continuar. Nunca aprendemos com nossos erros. Apenas gastamos mais e mais dinheiro", alertou Flavio Briatore, diretor da Renault, em uma entrevista à revista Autosport.

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