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O volante Chico diz que situação cômoda do Atlético na tabela chegou a surpreendê-lo | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
O volante Chico diz que situação cômoda do Atlético na tabela chegou a surpreendê-lo| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Santos

Martelotte repetirá a escalação

Ainda com muitos desfalques, o Peixe repetirá o time que venceu o Fluminense por 3 a 0 no Rio de Janeiro. Continuam fora os zagueiros Edu Dracena e Bruno Aguiar, o volante Rodriguinho, os meias Marquinhos e Madson e os atacantes Keirrison e Marcel. Mesmo dez pontos atrás do Tricolor carioca, o técnico interino Marcelo Martelotte acredita que o time ainda pode brigar pelo título, mas as chances passam por uma vitória hoje sobre o Atlético e outra no jogo atrasado contra o Internacional, quarta-feira, novamente na Vila Belmiro

"Não existe um jogador que vá ao campo sem dor", diz Branquinho

Com Deivid, Bruno Mineiro e Vítor vetados pelo departamento médico, Neto e Guerrón nas suas seleções e Maikon Leite suspenso, a maior novidade para o confronto com o Santos deve ser Branquinho. Após desfalcar a equipe contra o Vasco por reclamar de dores musculares, o meia treinou ontem normalmente e deve ir para a partida.

"Não existe um jogador que vá ao campo sem dor. Mas eu já estou 90% recuperado, esperamos que amanhã [hoje] esteja 100%", afirmou o atleta, que garantiu saber como vencer o Peixe fora de casa. "A equipe tem de atacar. Se nós esperarmos no nosso campo, vamos perder", avisou.

Satisfeito com a volta do seu pupilo da época de Santo André, o técnico Sérgio Soares explicou como será a formação para a partida. "Vamos adian­­tar o Ivan [González] para trabalhar ali junto com o Nieto. Eu entendo que ele joga muito isolado. Isso não po­­de", reclamou, falando da nova dupla de ataque gringa do Fu­­racão. A outra novidade será a entrada do volante Olberdam no lugar de Deivid.

Para a partida, última na maratona de dois jogos por semana, a intenção dos atleticanos é repetir a boa vitória ocorrida no primeiro turno na Arena, por 2 a 0, lembrada várias vezes pelo ex-técnico Paulo César Carpegiani como o melhor desempenho da equipe neste Brasileiro. "Tem de ter o mesmo espírito. Como entramos aqui, tem de entrar lá, respeitando, mas sabendo da nossa qualidade. Nós não estamos vindo nesta campanha boa à toa", disse o volante Chico.

Caso vença o Santos hoje, às 18h30, na Vila Belmiro, o Atlé­tico pode conseguir um feito inimaginável nos últimos anos: garantir-se na Série A com nove rodadas de antecedência. Fruto da melhor campanha rubro-negra em Brasileiros desde 2004, quando foi vice-campeão.

Atualmente com 43 pontos, o Furacão pode ficar tranquilo se chegar aos 46, tendo como base a classificação dos quatro anos anteriores, quando o Brasileiro de pontos corridos foi disputado por 20 equipes. Em todas estas temporadas, a maior pontuação de um rebaixado foi do rival Coritiba, que caiu no ano passado com 45 pontos.

Para quem livrou-se do risco de rebaixamento apenas no penúltimo jogo no ano passado e no último em 2008, se manter na parte de cima da tabela é uma novidade.

O volante Chico foi um dos que viveu essa época e confessa que não imaginava, já na 29.ª rodada, poder livrar-se do fantasma da Segunda Divisão. Segundo ele, uma conversa com os que não passaram por esses momentos ruins foi fundamental para a arrancada.

"Procuramos conversar, chamamos o Paulo [Baier], que tem uma influência muito grande, e o Rhodolfo, que pegou 2008 comigo. Falamos para os outros jogadores que o Atlético tem de brigar por algo maior, pois quando isso acontece todo mundo aparece. Foi o que ocorreu com o Neto, que está na seleção por méritos dele, mas também por causa da campanha que nós estamos fazendo", explicou Chico.

Ele ainda destaca: quando a fase é boa, até a sorte muda de lado. "Se fosse contra o Botafogo há dois anos, aquela bola na trave [do time carioca] tinha entrado, aos 48 [minutos do segundo tempo]. E agora não entrou. Fizemos gol aos 49 contra o Avaí, no Atlé­­tico Mineiro no final também. Quando a confiança vem, a sorte vem do lado", comemorou o jogador.

Invicto há sete rodadas, em quinto lugar e tendo uma partida importante na busca do G3, logicamente os atleticanos nem pensam mais em rebaixamento. Até mesmo quem viveu a má fase tenta só pensar no futuro, como o meia Paulo Baier, que chegou no ano passado e foi decisivo para que o Furacão permanecesse na Série A.

"Os últimos anos do Atlético foram difíceis, sempre na última ou na penúltima rodada se livrando do rebaixamento. Este ano está bem mais tranquilo. Até o pensamento nosso é diferente. Nós ainda temos chances de brigar por uma vaga na Libertadores. Está tudo em aberto", garantiu o capitão, confirmado para o confronto diante do Peixe.

Recém-contratado pelo Fura­cão, o técnico Sérgio Soares não viveu a época das vacas magras. Porém lembrou que, da forma como a atual campanha atleticana tem sido conduzida, é natural que o ris­­co de re­­baixa­mento vire algo do passado. "O objetivo do Atlético é buscar o G3. Se tem um objetivo e corre atrás dele, automaticamente esta outra situação fica para trás", simplificou Soares, que buscará hoje a sua primeira vitória no comando do Rubro-Negro.

Ao vivo

Santos x Atlético, às 18h30, no PFC e no tempo real da Gazeta do Povo.

Estádio: Vila Belmiro. Árbitro: Felipe Gomes da Silva (RJ). Auxs.: Rodrigo Pereira Joia (RJ) e Ediney Guerreiro Mascarenhas (RJ).

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