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O telefone do goleiro Jonathan, 23 anos, do Operário, não parou nessa segunda-feira (9). Resultado da fama repentina após fazer um gol em um chutão da sua própria área, no último domingo, contra o Nacional, que definiu a vitória por 2 a 1 do Fantasma. Um lance que o arqueiro não acredita mesmo 24 horas depois do ocorrido.

“Foi algo inacreditável. Não imaginava que através de um chute meu ia sair um gol, o primeiro da carreira. Tinha a chuva contra, não estava ventando. Acabou quicando na poça e ela ajudou”, lembra, admitindo que nunca fez algo parecido nem em treinamento. “Eu dou risada quando falam sobre o assunto. Até hoje [segunda] a ficha parece que não caiu”, acrescenta o goleiro.

Como se não bastasse a surpresa com o gol, de repente, no meio da viagem de ônibus de volta de Rolândia para Ponta Grossa, vários telefones do elenco do Fantasma começaram a tocar. Mais uma consequência do feito, que naquele momento tinha acabado de aparecer em rede nacional durante o programa Fantástico, da Rede Globo.

“O pessoal começou a ligar para quem estava no ônibus, todo mundo dando os parabéns. Um colega até disse: vou poder contar para os meus netos que joguei uma partida que o goleiro fez um gol”, lembra o camisa 1, aos risos. “A repercussão está sendo muito grande na minha cidade também. Família toda ligando. A sensação é muito boa”, admite.

Natural de São Miguel de Oeste, cidade no oeste de Santa Catarina com 40 mil habitantes, Jonathan começou a jogar como goleiro com 15 anos, em um time amador, o Guarani. Aos 17 anos ele foi para Joinville, onde entrou para a categoria de base do JEC, “Eu tenho um tio que mora em Joinville e conhecia o treinador do juvenil”, admite.

Em 2010 o arqueiro tornou-se profissional, tendo a oportunidade em 2012 de disputar sete partidas, entre Catarinense e Série B. Porém, no ano seguinte, com a contratação de mais um goleiro pelo Joinville, acabou tornando-se a terceira opção para a posição, o que motivou o clube catarinense a empresta-lo ao Operário nesse ano até o fim do Paranaense. O contrato com o JEC vai até o final de 2015.

“O nosso objetivo é conseguir uma vaga para a Série D para o Operário ter calendário durante o ano. Muitas pessoas dependem disso, funcionários podem ficar desempregados e a gente pensa muito nisso”, admite o goleiro que mais chamou atenção desse último final de semana no Brasil.

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