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O anúncio de que Belém não sediaria jogos da Copa do Mundo de 2014 já era esperado, mas, mesmo assim, despertou a ira das autoridades locais – e não impediu que ao menos 20 mil pessoas lotassem ontem a maior praça da cidade para acompanhar o anúncio da Fifa. A derrota de Belém foi comunicada por meio dos alto-falantes de um trio elétrico, mas não gerou grande comoção na multidão, que continuou bebendo cerveja e dançando ao som de uma banda de ritmos regionais. Já Lúcia Penedo, coordenadora do grupo de trabalho que gastou R$ 2,5 milhões em projetos e estudos para tentar trazer a Copa de 2014 para Belém, chorou ao saber do resultado.

"O sentimento que me assola é falta de credibilidade da Fifa. Não é uma entidade séria", afirmou.

Para Lúcia, o que definiu a escolha foi o lobby do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e de grandes empresas, como Sony e Coca-Cola, que têm fábricas em Manaus.

"O que houve foi um interesse político muito forte", afirmou Lúcia, referindo-se à hipótese – ventilada no noticiário político local – de que Eduardo Braga (PMDB), governador do Amazonas, venha a apoiar uma possível candidatura de Serra à presidência, no ano que vem.

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