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Série B

G4 se fortalece no turno inicial

Sem chances de terminar o primeiro turno com os 32 pontos que eram a meta, o Paraná tenta ao menos ficar entre os quatro primeiros. "A maioria das equipes que faz a virada de turno no G4 dificilmente deixa escapar [o acesso]", afirma o técnico Roberto Fonseca.

Ele tem razão. Desde 2006, quando a Segunda Divisão começou a ser disputada em turno e returno por pontos corridos, 14 dos 20 times que iniciaram o returno no G4 chegaram à elite (70%).

O Tricolor foi rebaixado em 2007 e nesta temporada realiza seu melhor campeonato a partir de então. A equipe soma 28 pontos e passou apenas duas rodadas fora da zona de classificação. Porém no próximo sábado estará obrigada a bater o Bragantino fora de casa se quiser seguir nessa condição sem depender dos resultados de Americana, ASA, Criciúma e Sport.

Na briga contra o rebaixamento, a campanha do primeiro turno geralmente também é confirmada no segundo, porém em menor grau: 60%. Uma das exceções foi o próprio Paraná, que em 2008 encerrou a metade inicial em 18º, com 17 pontos, e reagiu para evitar a queda com 49, em 11º.

Em 2010 e 2009, o time virou o turno com 24 pontos, respectivamente em 15º e 11º. No fim dos campeonatos, ficaria em 7º e 10º.

Henrique Moretti, especial para a Gazeta do Povo

Reta final, momento decisivo, a hora da verdade... Não são poucas as expressões para definir o ápice de uma competição. No Cam­peo­­nato Brasileiro, de acordo com o retrospecto recente, a hora de usar tais bordões é agora.

Nas oito edições anteriores por pontos corridos, pouca coisa se alterou após a virada do turno – a rodada emblemática, última da primeira etapa, será no próximo fim de semana, basicamente com clássicos por todo o país.

A lógica começa pelo campeão. Apenas duas vezes o melhor time da volta inicial da competição deixou escapar o troféu. A regra só teve exceção em 2008 e 2009, quando Grêmio e Inter, respectivamente, não conseguiram segurar a ponta nos 50% finais.

Na zona da Libertadores, apesar de as colocações se alternarem, quem atravessa a metade dentro do G4 na maioria das vezes se classifica (68%). Mais que isso, em duas ocasiões (2008 e 2006) todos os que estavam com passagem para a competição internacional mantiveram-se por lá.

Por outro lado, na parte inferior da tabela as alternâncias são maiores. Desde 2003, primeira edição nestes moldes com pontos corridos, a média de degola na virada do turno se confirmou em 44% dos casos. E não houve nenhuma ocasião em que a totalidade dos clubes da zona do rebaixamento caiu para a Segunda Divisão.

Hoje o Atlético está na situação de risco, em 17.ª lugar, porém se apega em campanhas passadas nas quais arrancou e se livrou da degola. O exemplo mais recente foi em 2010, quando esteve próximo da região do descenso, mas se recuperou e quase conseguiu uma va­­ga na Libertadores.

"A intenção realmente é chegar mais acima. Não digo entre os primeiros, porque o início comprometeu muito os nossos objetivos, mas vamos chegar mais para frente", prega o diretor de futebol do Furacão, Alfredo Ibiapina.

Já o Coritiba viveu momentos diferentes, em que esteve no meio da tabela e acabou perdendo o fôlego. Nas campanhas de 2005 e 2009, quando caiu para a Série B, atravessou a metade da competição acima da zona do rebaixamento.

O superintendente de futebol do Alviverde, Felipe Ximenes, prefere não fazer "análises de futurologia" por causa da competitividade do Brasileirão. "É um campeonato longo, de regularidade e com muitas variáveis. Sempre procuramos trabalhar jogo a jogo, traçando metas pequenas, que na soma geram um objetivo geral da equipe", comenta.

Sábado, às 18 horas, no Couto Pereira, Coritiba e Atlético se desafiam. O Furacão pode virar o turno – na melhor hipótese – em 14.º; o Coxa, em 7.º.

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