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Bergisch Gladbach – Após um início claudicante na Copa da Alemanha, Ronaldo entra hoje na fase que lhe consagrou como "matador". Desde a edição de 1998, o camisa 9 da seleção tem sido decisivo nos jogos eliminatórios.

Sem levar em conta finais (pois não se tratam de duelos com desclassificação), o atacante marcou cinco gols em seis jogos na luta pela sobrevivência no torneio (média de 0,83 por partida). Já ajudou o Brasil a despachar Chile, Holanda, Bélgica e Turquia.

"Eu jogo independentemente de pensar que é uma mata-mata. Quando estou em campo, faço o que eu mais gosto. Não fico pensando: ‘se perder vamos sair’. É jogar e fazer o melhor", justificou o centroavante ao ser perguntado do desempenho – rendimento similar, por exemplo, a Leônidas da Silva (5 gols em 5 jogos) e Pelé (5 gols em quatro jogos), outros ícones da artilharia nacional.

A frieza parece ser a marca do principal goleador em Copas, ao lado do alemão Gerd Müller. Perguntado se tem perdido o sono com a etapa de confrontos, foi direto. "Em todas as fases eu durmo tranqüilo, graças a Deus."

O confronto com Gana será ainda a chance de ratificar a reabilitação física do "Gordo" – como vem sendo chamado pelos adversários. Mesmo após comandar a vitória sobre o Japão, ele continuou executando trabalho de musculação à parte. A comissão técnica prevê que ele só terá dificuldades hoje em caso de prorrogação.

Tal evolução pode ser notada pelas estatísticas da partida passada. Além de atuar os 90 minutos, coisa que não havia feito nos dois primeiros desafios, o Fenômeno fez sete das 21 finalizações do time. Nos dias que sucederam a reabilitação, o atleta voltou a sorrir nos treinamentos e começou a participar com mais eficiência das atividades.

Se o crescimento for realmente sólido, Ronaldo terá tudo para alcançar outra marca: o gol 200 do Brasil em Mundiais. Faltam apenas duas bolas na rede para o país alcançar o feito. "Tomara... Outra marca, outros números. São estatísticas, mas o principal será sempre ganhar", disse – no seu melhor estilo de frases curtas.

O retrospecto favorece o centroavante. Ele fez o tento 180 (na partida de 2002 com a Costa Rica) e o 190 (na final de Yokohama diante da Alemanha). Pelé, na finalíssima de 70, assinalou o centésimo.

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