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Weggis, Suíça – Ricardinho tem a missão mais inglória entre os 23 convocados de Carlos Alberto Parreira. O meia revelado pelo Paraná, nome mais contestado da lista de convocados, tornou-se o reserva imediato de Ronaldinho Gaúcho, simplesmente a maior estrela do futebol mundial.

Desde a criação do chamado "quadrado mágico", o craque do Barcelona ficou apenas quatro vezes ausente da equipe nacional. Somente em uma delas (Brasil 5 a 0 Chile), Robinho foi o substituto. O corintiano entrou no lugar do camisa 10 contra Bolívia (1 a 1), Croácia (1 a 1) e Rússia (1 a 0).

"Vejo nessa situação apenas a responsabilidade de servir bem a seleção brasileira e a oportunidade de realizar o meu trabalho", desconversa o jogador, que no amistoso diante do FC Lucerna entrou no segundo tempo justamente na vaga do badalado meio-campista.

"É um privilégio disputar vaga com o Gaúcho, o melhor jogador do mundo. A gente tem um grupo forte e de qualidade", seguiu o suplente. "O mais importante é se preparar e ficar pronto para ajudar o time quando for necessário", emendou.

Para agravar a situação nada cômoda, Ricardinho vive uma fase problemática. No embarque da delegação para a Suíça, por exemplo, torcedores chegaram a pedir para o treinador não escalá-lo durante o Mundial.

"Eu não ligo para essas pessoas. Cada um tem sua opinião e poucos demonstram credibilidade para analisar o meu trabalho", contra-ataca ele, sem perder a calma para responder perguntas espinhosas.

Somente ao ser instigado a falar sobre as diferenças entre ele e a sensação do esporte internacional, o apoiador apelou para o discurso evasivo. "Não sei... Difícil responder. É com muito prazer que eu ocupo essa posição, até porque o Ronaldinho é um grande jogador. É importante ter no nosso grupo atletas de qualidade."

Em baixa com parte da opinião pública, Ricardinho goza de visível prestígio com o comandante. Indagado sobre quais orientações táticas recebe quando assume o posto do craque, recupera a firmeza. "O Parreira conhece bem as minhas características, minha forma de atuar. Ele não pede para eu mudar meu estilo quando entro em campo", garantiu.

Representante do estado (ao lado de Rogério Ceni, nascido em Pato Branco), esse paulistano radicado em Curitiba passa ainda por situação antagônica na carreira. Em 2002, em grande fase, só chegou ao torneio da Fifa graças ao corte de Emerson. Agora, em baixa, nunca teve o posto abalado. "Estou me preparando para a Copa. Só isso importa", desconversou.

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