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Londrina – "Me deu um branco quando chamaram meu nome lá no palco". Dessa maneira, a lutadora Natália Falavigna da Silva, 21 anos, resumiu a maneira que recebeu o anúncio de seu nome no Prêmio Brasil Olímpico para os melhores atletas de 2005, anteontem à noite, no Rio de Janeiro. Considerada a melhor atleta do ano, a maringaense superou as ginastas Daiane dos Santos (duas vezes vencedora do prêmio) e a também paranaense Laís Souza, na votação coordenada pelo Comitê Olímpico Brasileiro.

Natália Falavigna conquistou em abril o inédito ouro no Mundial de tae kwon do (categoria até 72 kg), em Madri, Espanha, lhe conferindo o status de estar na disputa entre o melhores do país. Mas confessou que o páreo era complicado. "Confesso que não acreditava que podia vencer a disputa com as meninas da ginástica, que é um esporte já consolidado no Brasil, com muita divulgação", contou ao desembarcar no aeroporto de Londrina, ontem à tarde.

Ela vem sendo escolhida melhor atleta do tae kwon do brasileiro desde 2002, mas foi a primeira vez que a modalidade colocou um atleta na disputa pelo título máximo da eleição realizada a cada ano pelo COB.

Nos bastidores do prêmio, a paranaense brincou com João Derly sobre a possibilidade de vencer. Mas contou que nem o judoca esperava ficar com o título (venceu entre os homens). "Ele também estava ansioso. Eu confesso que fiquei meio em estado de choque na hora".

A conquista em terras brasileiras projeta o tae kwon do para vôos mais altos. Ao menos, é o que espera Natália, que desistiu recentemente de morar em Campinas para retornar a Londrina, onde treina com o técnico Marcelo Madureira.

A modalidade vem expandindo, mas Natália calcula que muita coisa ainda tem que ser feita para que o Brasil conquiste uma medalha olímpica. "Espero que se interessem por mim, que me dêem mais chances de provar meu valor, apostem na minha pessoa, nos meus sonhos, que sempre foram conquistados com muita humildade e trabalho".

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