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Aquilino Romani, no dia da eleição: “Se eu não estiver animado, quem estará?” | Antonio Costa/Gazeta do Povo
Aquilino Romani, no dia da eleição: “Se eu não estiver animado, quem estará?”| Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo

"Eu estou animado. Se eu não estiver, quem estará?". A pergunta é de Aquilino Romani, presidente eleito do Paraná, que assumirá o cargo na quarta-feira, em posse marcada para a sede da Av. Kennedy. Poucas palavaras, mas muito sobre o atual momento do clube. Logo após novo insucesso na tentativa de voltar à elite e con­­vivendo cada vez mais com dificuldades financeiras, os pa­­ranistas desconfiam do próprio futuro.

Não sem motivos. Para entrar no próximo ano em condições bem melhores do que as de 2009, há muito o que fazer. Tarefas para Romani resolver, tão logo ele passe a ocupar a cadeira de Aurival Correia.

Renovação de contratos

Deverá ser a prioridade do novo presidente. No caso da conversa com os jogadores, trabalho mais de Aramis Tissot, o novo homem-forte do futebol tricolor. Algo para ser encaminhado já na próxima semana.

E tudo começa pelo acerto com o técnico Roberto Cavalo. Dada como certa há duas semanas, a permanência do treinador que recuperou o time na Série B virou novela – e, até aqui, sem data pa­­­ra terminar.

Do grupo que disputou o Cam­­peonato Brasileiro da Série B, 18 atletas têm contrato vencendo até o fim do ano. Entre eles, o goleiro Zé Carlos (pode voltar para o Avaí), o meia Davi (tem proposta do Vas­­co) e o atacante Rafinha (pertence ao São Paulo), destaques do time no desfecho do Nacional.

"Vamos trabalhar muito nisso logo depois da posse. Toda renovação é difícil, mas a maioria dos jogadores quer ficar. Acredito que vamos manter boa parte do elenco", diz Romani.

Por enquanto, apenas o volante Jo­ão Paulo e o zagueiro Montoya pa­recem estar perto de um novo vín­­culo.

Parcerias e patrocínios

Com a provável saída da L.A. Sports, que deve dedicar-se somente ao Avaí, o Tricolor precisa en­­con­­trar parceiros o quanto antes para viabilizar seu futebol. A Zetex Sports surge como uma possível companheira, com a negociação en­­volvendo os jogadores das categorias de base do Paraná. Um novo fundo de investimento, costurado pelo futuro diretor de marketing, Renato Trombini, também pode ser uma solução para o momento.

Sobre os patrocínios, segundo Romani, o Tricolor está próximo de anunciar novidades. A continuidade da Via Luant, empresa de roupa masculina, é uma possibilidade. "É um assunto que está praticamente ok, devemos fechar com a posse. Depende de algumas questões jurídicas", diz o presidente.

União política

A paralisação dos jogadores na semana passada – por causa de um salário e dois direitos de imagem atrasados –, resolvida na sexta-feira, escancarou a falta de sintonia entre a atual e a futura diretoria do Paraná. De um lado, o ainda presidente Aurival Correia e o diretor de futebol Paulo Welter, chateados com a ausência dos novos componentes no Durival Britto, para dar a "cara para bater". No centro, Roma­­ni, equilibrando-se entre as responsabilidades antigas e o que está por vir. E do outro lado, componentes do grupo Revolução Paranista (que uniu-se à situação nas eleições), co­­mo Renato Trombini, à espera do início da nova gestão.

"Isso não é um problema. O Paulo teve razão em ficar chateado, pegou mal. Mas precisamos ter calma, va­­mos contar com todo mundo, com o pessoal que está aí e com o que vem em janeiro", aponta Romani.

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