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Ney Franco, técnico do Coritiba, se diz aliviado com o fim da pena imposta pelo STJD ao clube | Hedeson Alves / Gazeta do Povo
Ney Franco, técnico do Coritiba, se diz aliviado com o fim da pena imposta pelo STJD ao clube| Foto: Hedeson Alves / Gazeta do Povo

Diretoria prepara "surpresa"

Não bastasse a emoção de retornar ao Couto Pereira após dez jogos em Santa Catarina, o torcedor coxa-branca terá outra novidade na tarde de hoje, antes do apito inicial contra a Lusa. Segundo o vice-presidente alviverde Vilson Ribeiro de Andrade, quem comparecer ao Alto da Glória terá uma grande surpresa. "Até minha filha e minha mulher me pressionaram, mas essa eu não conto para ninguém", disse o dirigente à Rádio CBN, instigando a curiosidade da torcida, que chegou a especular no Twitter até uma chegada do elenco em helicópteros. De concreto mesmo está programada uma homenagem à cidade de Joinville e a revelação do terceiro uniforme do clube, que foi escolhido através de uma enquete no site oficial coritibano.

Fernando Rudnick

Curitiba, 15h50

Coritiba

Édson Bastos; Jéci, Pereira e Cleiton; Fabinho Capixaba, Andrade, Marcos Paulo, Tcheco e Enrico; Rafinha e Leonardo.

Técnico: Ney Franco

Portuguesa

Weverton; Paulo Sérgio, Domingos, Preto e Fabrício; Ademir Sopa, Mar­­co Antonio, Fabinho, Héverton e Athirson; Zé Carlos.

Técnico: Oswaldo Alvarez

Estádio: Couto Pereira. Horário: 15h50. Árbitro: José de Caldas Souza (DF); Auxs.: Carlos Emanuel Manzolillo (DF) e Ciro Chaban Junqueira (DF)

Ney Franco já viveu a emoção de grandes jogos no Maracanã, onde ganhou a Copa do Brasil pelo Fla­mengo, e no Mi­­neirão, ao conquistar o Mi­­neiro com o pequeno Ipatinga. No entanto, quando o árbitro José Caldas de Souza, do Distrito Fe­­deral, apitar às 15h50 de hoje o início de Coritiba e Portuguesa, ele viverá uma emoção inédita.

Mais que isso. Segundo ele, uma redenção. "É o retorno a uma casa onde passamos um episódio lamentável no ano pas­­­­­­­­­­sado, e eu fico fe­­liz de ter ajudado o clube a superar essa punição", diz o treinador, que trouxe o time, após dez jogos longe do Couto Pereira, dentro do G4 (é o quarto, com 37 pontos, na área de acesso à Série A, portanto).

"Parecia ser uma temporada muito difícil, mas eu imaginava mais. Eu me via, um tempo atrás, voltando a trabalhar no Couto. E hoje me sinto praticamente com o sentimento do dever cumprido, passada essa punição com muita competência, um mo­­mento difícil no campeonato", diz Franco.

Ele segue com o discurso de quem viveu o rebaixamento e sacudiu a poeira junto com o time. "É uma reestreia. Agora va­­mos começar uma competição dentro do nosso estádio, luxo esse que não tivemos até agora. A responsabilidade é enorme, o torcedor tem uma expectativa enorme", conta Franco.

O comandante sabe que tudo o que foi feito até aqui pode ruir caso o time não mantenha o pique, a começar por vencer a Lusa. "Daqui para a frente, continuar fazendo as coisas muito bem. Se isso acontecer, estaremos na Série A ano que vem."

Série A na qual ele lutou para manter o time, ao chegar em 2009 em meio a uma crise técnica, quando nem mesmo outro treinador querido pela torcida, René Simões, conseguia resultados. Não deu.

"Ano passado vivemos muitas indefinições aqui, muitos problemas estruturais. Neste ano, eu vi um clube muito melhor. Sem salário ou premiação em atraso, está todo mundo com tudo em dia. E esse é um grupo que eu montei, que sabia a filosofia do treinador desde o início da temporada. Eu tenho o trabalho todo nas mãos", avalia.

Uma oportunidade que lhe foi dada na contramão da lógica da bola: rebaixado, foi convidado a permanecer. "Minha decisão de ficar no clube foi acertada", avalia o técnico, que recusou propostas de Goiás e Cruzeiro (seu time do coração), além de uma sondagem do Corin­­thians, clubes na elite brasileira. Tudo em nome de uma redenção. "Te­­nho sim essa sensação. Se a gente tiver a competência, não só eu, mas os jogadores que estavam aqui, será uma sensação de alívio enorme."O jogo contra a Portuguesa não colocará o Coritiba na Primeira Divisão novamente já nesta tarde. Mas será um passo importante, diferente. Será uma borracha na talvez maior tragédia dos 100 anos do Coxa, a barbárie do dia 6 de dezembro. "O pior momento foi o apito final, que definiu a nossa queda. Dias depois ainda fiquei remoendo aquilo ali", relembra o técnico.

"Agora, depois que foi definida a minha permanência, a gente só teve as pressões normais do futebol. Eu lembro muito mais mo­­mentos de tranquilidade. So­­bra­­mos no Campeonato Para­­naense, tivemos até facilidade em ganhar o campeonato."

E segue: "Acho que o Coritiba teve a oportunidade de recomeçar do zero em todos os sentidos. Perdemos muito e tivemos oportunidade de reformular as coisas. Esse ano não tivemos um problema disciplinar. É um grupo que eu tenho nas mãos."

Comprometimento que, pela primeira vez na Série B, poderá ser visto no Alto da Glória logo mais.

Ao vivo

Coritiba x Portuguesa, às 15h50, no PFC, na RedeTV (menos para Curitiba) e no tempo real da Gazeta do Povo.

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